Esta semana o Jornal Record publicou uma polémica entrevista com o Presidente do Conselho de Administração do VitóriaFC/SAD e presidente do clube, Dr. Chumbita Nunes.
Muito se tem escrito e dito sobre o mérito e a oportunidade de tais afirmações do Presidente do Vitória.
O mérito, por muito que especulemos, comentemos ou analisemos, será apenas avaliado no dia 9 de Maio, quando terminarem os encontros da 34ª jornada da Liga de Honra.
Importará talvez neste momento tentar interpretar o real alcance das palavras do Presidente. O Dr. Chumbita Nunes e seus pares sabem perfeitamente que não foram eleitos para terminar com o futebol profissional. Este alerta à navegação permite que os sócios tenham a real percepção dos perigos que espreitam o clube após 20 anos de sucessivas gestões danosas e incompetentes. Do meu ponto de vista estas declarações têm também o mérito de dar um sinal aos sócios para que se preparem para encontrar alternativas à actual Direcção, caso a subida de Divisão não se concretize, pois com esta entrevista Chumbita Nunes apenas assume, repito do meu ponto de vista, que se demite se na próxima época o clube não estiver na SuperLiga, como aliás deixou entender na AntenaUm.
A discussão sobre a oportunidade da entrevista também pode e deve ser feita, embora tenha a noção de que dificilmente se chegará a alguma conclusão óbvia. Parece-me lógico que não existirá nenhum timming correcto, para se fazerem afirmações deste tipo. Desde logo porque os sócios nunca estão preparados para ouvir uma coisa destas, da mesma forma que nunca estamos preparados para lidar com a notícia da morte de um familiar. Tem sido alvitrada a ideia que os jogadores do Vitória poderão não estar preparados para lidar com o peso de tamanha responsabilidade. Pode até ser verdade, mas não o estarão hoje, como não o estavam há 6 meses e há coisas que têm de ser ditas. O final da época, em minha opinião, não poderia ser o momento para se produzirem estas afirmações do Presidente, porque é agora, no príncipio do fim desta Liga de Honra, quando finalmente o trigo se prepara para se separar do joio, que o país desportivo tinha de ser confrontado com a dura e triste realidade do Vitória Futebol Clube. O País e as instituições que o regem sabem e ainda não esqueceram porquê e como o Vitória desceu de divisão. O País, as instituições desportivas e o establishment do futebol nacional precisavam de ouvir que as asneiras e as maldades que têm feito ao Vitória, desta vez poderão ter consequências fatais. Não queremos beneficiar dos mesmo métodos fraudulentos e corruptos que nos colocaram na Honra, apenas queremos ser tratados com a imparcialidade, isenção e respeito que os 93 anos de História impõem. E nada melhor que dar um murro na mesa e abrir os olhos de muita gente, dois dias depois do segundo penalty fantasma consecutivo assinalado no Bonfim.
Spry
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