domingo, fevereiro 29, 2004

VFC-20-----Madeira,SAD-20

Numa partida onde muito havia em jogo, a equipa de andebol do Vitória e a turma do Madeira,Sad ( equipa financiada por 10 milhões de contribuintes) não foram além de um empate a 20 bolas, num encontro muito disputado e emotivo onde a eficácia defensiva das duas equipas foi a nota dominante.

O Vitória de orgulho ferido, desejava "vingar-se" do adversário depois da humilhação do jogo da 1ª volta e provar ao país do andebol que o resultado do Funchal não foi mais do que uma mentira, construída pela equipa de arbitragem e pelo madrugador baixar de braços da equipa do Vitória. Para além de deixar demonstrado que os 24-9 não reflectem a realidade das 2 equipas os andebolistas vitorianos queriam ainda poder dedicar a vitória aos seus dois companheiros ( Milan Sthor e Hugo Laurentino) que se encontram a recuperar de lesões com alguma gravidade. Para além de tudo o mais, a aproximação ao grupo dos 6 primeiros era e é, ainda, um objectivo presente no seio da equipa do Prof. Luís Monteiro.

O Vitória apresentou uma defesa muito consistente, com o treinador setubalense, finalmente, a optar pela defesa 5-1, e a obter resultados bastante satisfatórios, com o Guarda redes Ricardo Correia a contribuir em grande parte para a boa prestação defensiva, tendo defendido 4 livres de 7 metros, entre muitas outras intervenções de grande nível.
O encontro foi renhido e emocionante e nunca, excepção feita aos últimos 2 minutos onde o Vitória possuíu uma vantagem de 2 golos, a diferença no marcador foi superior a 1 golo durante toda a partida, o que por si só revela o equilíbrio entre as 2 equipas.
Destaques individuais para as magníficas exibições, para além do já citado Ricardo Correia, de Pedro Morgado e Carlos Martingo.
Apesar do empate, o Vitória efectuou uma bela exibição, de querer, de entre ajuda e de espírito de equipa, o ue nem sempre tem acontecido durante a presente temporada. Esperemos que assim se mantenham até final do campeonato.
Não tendo o Vitória obtido os 2 pontos da vitória, a luta ficou mais difícil, mas não irremediavelmente comprometida. Na próxima semana uma deslocação dificílima ao pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, para defrontar o poderoso Sporting Clube de Portugal. Não se adivinha fácil, mas o querer e a vontade dos andebolistas vitorianos já sabemos que, se bem aplicada, pode fazer verdadeiros milagres. Oxalá.
Spry

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

Entrevista do Presidente

Esta semana o Jornal Record publicou uma polémica entrevista com o Presidente do Conselho de Administração do VitóriaFC/SAD e presidente do clube, Dr. Chumbita Nunes.
Muito se tem escrito e dito sobre o mérito e a oportunidade de tais afirmações do Presidente do Vitória.

O mérito, por muito que especulemos, comentemos ou analisemos, será apenas avaliado no dia 9 de Maio, quando terminarem os encontros da 34ª jornada da Liga de Honra.
Importará talvez neste momento tentar interpretar o real alcance das palavras do Presidente. O Dr. Chumbita Nunes e seus pares sabem perfeitamente que não foram eleitos para terminar com o futebol profissional. Este alerta à navegação permite que os sócios tenham a real percepção dos perigos que espreitam o clube após 20 anos de sucessivas gestões danosas e incompetentes. Do meu ponto de vista estas declarações têm também o mérito de dar um sinal aos sócios para que se preparem para encontrar alternativas à actual Direcção, caso a subida de Divisão não se concretize, pois com esta entrevista Chumbita Nunes apenas assume, repito do meu ponto de vista, que se demite se na próxima época o clube não estiver na SuperLiga, como aliás deixou entender na AntenaUm.

A discussão sobre a oportunidade da entrevista também pode e deve ser feita, embora tenha a noção de que dificilmente se chegará a alguma conclusão óbvia. Parece-me lógico que não existirá nenhum timming correcto, para se fazerem afirmações deste tipo. Desde logo porque os sócios nunca estão preparados para ouvir uma coisa destas, da mesma forma que nunca estamos preparados para lidar com a notícia da morte de um familiar. Tem sido alvitrada a ideia que os jogadores do Vitória poderão não estar preparados para lidar com o peso de tamanha responsabilidade. Pode até ser verdade, mas não o estarão hoje, como não o estavam há 6 meses e há coisas que têm de ser ditas. O final da época, em minha opinião, não poderia ser o momento para se produzirem estas afirmações do Presidente, porque é agora, no príncipio do fim desta Liga de Honra, quando finalmente o trigo se prepara para se separar do joio, que o país desportivo tinha de ser confrontado com a dura e triste realidade do Vitória Futebol Clube. O País e as instituições que o regem sabem e ainda não esqueceram porquê e como o Vitória desceu de divisão. O País, as instituições desportivas e o establishment do futebol nacional precisavam de ouvir que as asneiras e as maldades que têm feito ao Vitória, desta vez poderão ter consequências fatais. Não queremos beneficiar dos mesmo métodos fraudulentos e corruptos que nos colocaram na Honra, apenas queremos ser tratados com a imparcialidade, isenção e respeito que os 93 anos de História impõem. E nada melhor que dar um murro na mesa e abrir os olhos de muita gente, dois dias depois do segundo penalty fantasma consecutivo assinalado no Bonfim.
Spry
Chegado o final de Fevereiro, impunha-se que retomássemos na bancada o lugar que ocupamos na blogosfera portuguesa, um agradecimento aos fiéis da bancada que assiduamente nos continuam a visitar e a escrever durante a nossa ausência, da mesma forma que se impunha que fizéssemos o balanço vitoriano do mês carnavalesco.

Depois dos preciosos 3 pontos na Póvoa, mais 9 se disputaram, cinco dos quais arrebatados pelo Vitória. Empate caseiro a 3 bolas com o Desportivo de Chaves, que apesar de ter uma equipa bem arrumadinha, só levou daqui um ponto porque Martins dos Santos, quiçá agradecendo o presunto que levou na trouxa, regalou em cima da hora, um penalty fantasma à turma flaviense.

Seguiu-se uma viagem ao Funchal para defrontar o último classificado, onde uma vez mais o Vitória fez juz à fama de incapaz de superar adversários substancialmente mais fracos, empatando a uma bola depois de ter estado em vantagem por 1-0. Destaques para as apostas em Bruno Gonçalves e Mário Pessoa por parte de Carlos Carvalhal, ainda que por poucos minutos.

No Domingo passado jogou-se um clássico do futebol português no Bonfim. Um jogo onde a nostalgia e o mirar de alegrias de outros tempos foram uma constante. Duas equipas com historial no futebol português,dois clubes com uma massa adepta fantástica, entusiasta e apaixonada pelo seu emblema. Dois concelhos com fortes ligações ao mar e à pesca. O encontro tinha tudo para proporcionar uma grande tarde de futebol entre o Vitória de Setúbal e o Leixões.

Começou melhor o Vitória, numa fantástica iniciativa na direita, Manuel do Carmo centra superiormente para Manuel José inaugurar o marcador e festejar pela primeira vez um golo ao serviço do Vitória.
O Vitória viu-se de início a ganhar e os espectadores assistiram a partir daí ao Leixões a jogar à bola. Com categoria e alguma classe os jogadores do Leixões vieram para cima dos jogadores setubalenses, que consentindo o domínio leixonense, cedo se depararam com o golo da igualdade, em mais um penalty fantasma assinalado no Bonfim ( 2 seguidos em jogos em casa).

Na primeira parte só deu Leixões e ao intervalo o resultado era 1-1.
Mais uma vez, esta temporada, a estrelinha de campeão esteve com o Vitória que novamente nos minutos iniciais da 2ª parte, aproveitando um erro defensivo imperdoável em alta competição, permitiu a Manuel José bisar, recolocando o Vitória novamente em vantagem e converter o extremo portista no novo menino bonito do Bonfim. Sem nunca carregar muito, o Vitória controlou o jogo e a meio da segunda parte a dupla Meyong/Jorginho voltou a construir mais um golo vitoriano: jogada rápida na esquerda conduzida por Meyong que centra rasteiro para Jorginho de primeira rematar rasteiro ao poste da baliza e na recarga facturar o terceiro da tarde para o Vitória. Até final destaque para as entradas de Bruno Gonçalves, Mário Pessoa e Costinha. Futuros nomes sonantes do Vitória sadino e do futebol português.

Feitas as contas o Vitória mantém-se no terceiro lugar da classificação geral e em excelente posição para encarar com optimismo o que resta de época.
No próximo Domingo o Vitória desloca-se a Ovar (15º classificado) e apesar da fama, desta vez o Vitória não perdoará. Romaria a Ovar em perspectiva e todos seremos poucos na viagem de regresso para trazer para a beira Sado os tão preciosos 3 pontos.
Saudações Vitorianas
Spry

Andebol em actividade

Foi um mês de Fevereiro agitado para o andebol vitoriano.
Privado do contributo do lateral checo Milan Sthor, em convalescença de uma delicada intervenção cirurgica, a quem a bancada endereça os votos de rápidas melhoras, com os desejos de que em breve possa de novo regressar ao andebol e ao Antoine Velge, o conjunto de Luís Monteiro venceu, com uma exibição convincente a débil formação do Alto do Moínho por 31-22, com momentos tão espectaculares como o golo do croata Ivan Sunda, à saída dos 6 metros defensivos.
Na jornada seguinte uma viagem até à Maia, para defrontar o Águas Santas, numa partida que o Vitória perdeu por 25-19.
Neste mês ainda houve tempo para disputar mais uma eliminatória da Taça de Portugal. O Vitória deslocou-se a Sto. Tirso para defrontar o Ginásio local da 2ª divisão e venceu por claros 34-18.

Amanhã há jogo em Setúbal contra o Madeira-SAD e em caso de derrota sadina é o adeus definitivo ao grupo dos seis primeiros.
Há que continuar a acreditar. Façamos do Antoine Velge um inferno e ajudemos na conquista dos 2 pontos.
Spry

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Varzim S.C-1-Vitória F.C.-2

Numa fria e chuvosa manhã dominical o Vitória de Setúbal foi ao terreno do 2º classificado conquistar uma importante e saborosa vitória frente aos comandados de Rogério Gonçalves.

Foi um triunfo claro, da melhor equipa, da formação mais adulta e consistente e da equipa que mais fez pela vitória e pela busca pelo golo. O Vitória de Setúbal, melhor ataque da prova, iniciou o jogo com uma toada ofensiva e desde o minuto inicial tomou conta da partida a seu bel-prazer, não permitindo que o Varzim sequer esboçasse ultrapassar a linha de meio campo. A partir dos 20 minutos o Vitória abrandou e concedeu ( de forma voluntária?) o dominio territorial aos poveiros, donde resultou, como única jogada de perigo, um remate de Mendonça que o central Auri, com destreza, impediu que ultrapassasse a linha de golo.

Pascal, Meyong e Jorginho, na frente de ataque do Vitória, foram durante toda a primeira parte um verdadeiro quebra-cabeças para a defensiva contrária e toda a equipa varzinista se concentrava em impedir que o Vitória causasse estragos. Contudo, ao intervalo o placard assinalava um nulo.

Na segunda metade o cariz do encontro não se alterou. O Vitória continuava a patentear toda a sua classe e superioridade e as oportunidades de golo sucediam-se.
Foi portanto, sem surpresas e com enorme satisfação, para todos os vitorianos, que ao minuto 63, uma jogada genial, na direita, de Jorginho, culmina com a assistência para o coração da área, onde aparece Meyong, solto de marcação, a empurrar para o fundo das redes à guarda de Cândido. Estava feito o 0-1 e a comitiva vitoriana respirava de alívio.
Praticamente sem reagir ao golo, o Varzim apenas teve de esperar um quarto de hora, para ver o Vitória chegar ao segundo golo de vantagem: Pascal ludibria 2 adversários com uma finta de inquestionável qualidade e coloca o esférico, superiormente, na frente de Jorginho, que diante do desamparado Cândido, não teve dificuldades em atirar para o fundo da baliza e colocar o Vitória a vencer na Póvoa de Varzim por 0-2. O chequemate estava dado terá pensado Carlos Carvalhal, e todos os que assistimos à partida. A superioridade e o domínio do Vitória eram inquestionáveis e o Varzim revelava-se uma equipa primitiva, trauliteira e rudimentar, no fundo à imagem do seu treinador Rogério Gonçalves.

O Varzim entregue, lançou-se sôfrega, desesperada e ineficazmente ao ataque e com isso apenas conseguiu, que fosse o Vitória, através do lançamento de meia dúzia de contra ataques venenosos, a única equipa a causar perigo junto da baliza.

Decorridos, que estavam dois minutos, dos 4 extra, dados pelo árbitro, com o Vitória a vencer por 2-0, Carvalhal substituiu Jorginho por Hélio e aos 93 Puma por Costa. Logo após, Margarido num pontapé de ressaca à entrada da área, reduz o marcador e devolve os sorrisos às gentes poveiras: o tento de honra, frente ao todo poderoso Vitória, já servia de consolação.

Só que, ao contrário do que o já escrito deixaria adivinhar, a história do jogo não ficaria completa, se a terminássemos por aqui. Na última bola bombeada para a área sadina, Marco Tábuas dá barraca e na sequência, Zé Pedro, no 1x1 defensivo, não é suficientemente lesto a pôr o pé e Mendonça, sente o contacto e atira-se para o chão. Uma questão de intensidade dirão alguns, a mim depois de vistas e revistas as imagens televisivas fica-me a sensação de penalty. Duarte Gomes, em cima da jogada, mandou jogar.

Ter-se-à escrito direito por linhas tortas? Ficará a dúvida.
Apenas a certeza de ter vencido a melhor equipa, a que mais atacou e a que melhor jogou.
Saudações Desportivas
Spry