sexta-feira, janeiro 30, 2004

Sem patrocínios nas camisolas, sem Hugo Henrique, sem grandes soluções para financiar o que falta de época e com 2 ( eventualmente 3 ou 4) novos reforços, a equipa do Vitória enfrenta os últimos 15 jogos da Liga de Honra desde o 3º lugar da tabela classificativa, último a dar acesso à ambicionada SuperLiga.

No que resta de campeonato o Vitória mais do que lutar abnegadamente pela subida de divisão, vai lutar pela própria sobrevivência da Instituição VFC. Nunca como neste momento o fim esteve tão próximo. Os erros sucessivos das direcções do Vitória ao longo dos últimos 20 anos, a sucessiva má gestão dos responsáveis vitorianos conduziu o clube a uma situação crítica, cujo desenlace ainda estará por desvendar.

Escrevo estas linhas consciente de que a vitória do meu clube no próximo Domingo de manhã na Póvoa representará não só mais um obstáculo ultrapassado tendo em vista a promoção, mas também mais um balão de oxigénio que permita a esta Instituição quase centenária continuar a respirar e a poder olhar para o futuro com perspectivas.

Os que gostam do Vitória, e são muitos, já têm consciência disso, os outros os que se utilizam do Vitória para se promoverem, ainda continuam a lançar atoardas, suspeitas, a escrever e a dizer asneiras cujo único resultado visível é o nervosismo e a intranquilidade no seio do clube.

Apelo à serenidade e ao espírito vitoriano e setubalense para que nos unamos em torno do que consideramos sagrado e inalienável: a memória colectiva vitoriana e o suor e o esforço de todos os que ao longo de 93 anos de História permitiram que o emblema do Vitória Futebol Clube seja um dos mais respeitados do panorama desportivo nacional.
Spry

terça-feira, janeiro 27, 2004

Andebol: Taça de Portugal

Realizou-se ao final da tarde desta terça-feira, 27 de Janeiro, na sede do Comité Olímpico de Portugal, o sorteio do 1/16 final da Taça de Portugal masculina , já com a participação das equipas da Divisão de Elite e da Liga.

O sorteio ditou os seguintes jogos, para a terça feira de Carnaval ( 24/02):

Alto Moinho (LPA)-Sporting CP (LPA)
Boa-Hora FC (DE)-CCR Fermentões (DE)
Alavarium (PO02)-Callidas Clube (PO03)
Modicus (DE)-AC Fafe (LPA)
1º Dezembro (PO01)-CD Paço Arcos (DE)
CS Marítimo (DE)-São Bernardo (DE)
Águas Santas (LPA)-ABC (LPA)
SC Horta (DE)-VG Vidigueira (PO01)
FC Gaia (DE)-AA Amadora (PO02)
Ginásio Stº Tirso (PO02)-Vitória FC (LPA)
Vela Tavira (PO01)-Acad. Leiria (PO02)
FC Porto (LPA)-Madeira SAD (LPA)
SL Benfica (DE)-Ginásio Sul (LPA)
CF Belenenses (LPA)-FC Maia (DE)
Almada AC (PO01)-Boavista FC (DE)
Juve Lis (DE)-DF Holanda (DE)

LPA - Liga Portuguesa de Andebol
DE - Divisão de Elite
PO01 - Nacional da 1ª Divisão
PO02 - Nacional da 2ª Divisão
PO03 - Nacional da 3ª Divisão


O sorteio, apesar de ditar uma viagem longínqua, foi favorável às ambições vitorianas, que passam obrigatoriamente, pelo melhor possível, que não é mais do que vencer em todos os jogos e trazer o trofeu para a sala Josué Monteiro, que é para quem não sabe, um dos mais belos museus de clubes da Europa. Fica no estádio do Bonfim.
Spry



segunda-feira, janeiro 26, 2004

A bancada está de luto

No dia em que o Vitória recebeu e empatou a zero com o Penafiel, num jogo sem história a não ser a do festival de golos falhados pelos comandados de Carlos Carvalhal, o futebol português e o País foram confrontados com a morte em directo de Miklós Fehér, no decorrer do Vitória Sport Clube-S.L.Benfica.

A violência das imagens e o choque da confirmação da tragédia, consternaram e enlutecem todo o País, que partilha neste momento com a família e o clube do malogrado "Miki" a dor e o desgosto da sua partida.

Um momento que jamais será esquecido por todos quantos o viveram e que teve o condão de, de um momento para o outro nos por a todos a reflectir sobre a efemeridade da condição humana e do quão pequenos e impotentes somos face à magnitude das Leis da Natureza.

Fehér, o teu sorriso será para sempre recordado.
Spry

quarta-feira, janeiro 21, 2004

De férias no Algarve...

Aproveitando o fantástico sol do Janeiro algarvio, milhares de adeptos vitorianos rumaram a sul este fim de semana, para apoiar a caminhada do Vitória rumo à Superliga.

Porém, inexplicavelmente, a defesa do Vitória, também aproveitou a estadia no Algarve para tirar "férias" e contribuiu, de forma decisiva, para que os três pontos não tivessem viajado para Setúbal.

A partida foi viva, animada e emotiva. O Vitória mais equipa, entrou a pressionar e o perigo rondou sempre a baliza do Portimonense. Só que aos 21 minutos da 1ª parte Jorginho deixa a bola, abrindo as pernas, nos pés de um adversário, que de imediato a solta na esquerda donde saiu um centro perfeito que Edmilson converteu no 1-0.
Como que espicaçado e ferido o Vitória lançou-se ainda com mais acutilância na busca do golo, que viria a surgir seis minutos depois dos pés de Zé Pedro após jogada de Meyong.

O jogo continuava num ritmo frenético, com o perigo a rondar as duas balizas e quando todos se preparavam para o intervalo, dois erros monumentais viriam a dar o segundo golo ao Portimonense. Hugo Alcântara infantil e displicentemente permite que uma bola inofensiva fique ao dispor de Artur Jorge Vicente, que ajudado pelas duas mãos e com a cegueira, momentânea, de Augusto Duarte e do seu fiscal de linha, coloca a turma algarvia em vantagem.

Depois dos couratos e do polvo, superiormente elaborados e confeccionados pela D. Rita, oriunda da Fuzeta na sua roullotte nas cercanias do estádio, a segunda parte chega e com ela o tento da igualdade do Vitória. Já com Pascal em campo, a fazer estragos na ala esquerda do ataque, inteligentemente observado por Carvalhal, o tento da igualdade justificou-se. Pascal depois de um excelente trabalho na esquerda centra para a área onde Meyong assiste, de cabeça, Jorginho, que também de cabeça empurra para o fundo das malhas. 2-2 e o Vitória tinha agora toda a segunda parte para ganhar o jogo. Empolgado pelos adeptos o conjunto sadino foi a partir daqui dono e senhor do jogo e quando se justificava já o 2-3, mais um erro da defensiva sadina permite o 3-2. Um livre longe da área que Nuno Santos não agarra e no meio de toda a gente Edmilson coloca novamente os comandados de Dito em vantagem. Incompreensível a continuidade deste guarda redes como titular. É o pior dos três guarda redes do Vitória, é do Benfica e é praticamente o único que joga. À consideração de Carvalhal... que como assíduo leitor da bancada, certamente rectificará e no próximo Domingo com o Penafiel far-nos-á a vontade a todos ao dar ao Nuno o mesmo lugar que tem dado ao Hélio: a bancada.

O jogo aproximava-se do final e quando os adeptos vitorianos já desesperavam, os jogadores continuavam a lutar. A dois minutos do fim Meyong cai à entrada da área, o árbitro apita falta, Zé Pedro encaminha-se para o lugar, agarra a bola, coloca-a a seu gosto na relva, olha para a baliza e sussurra para Marcos Aurélio a seu lado: " Está mesmo boa". Rematou. A bola sobrevoa, arqueada mas firme, a barreira algarvia. Márcio nesse momento inicia o seu voo, numa tentativa derradeira de segurar a vitória, mas era tarde demais. A bola anichava-se no fundo da baliza depois de ter cruzado a linha de golo bem juntinho ao poste. O 3-3 final estava assim escrito. Zé Pedro ficou nas nuvens, dançou, saltou e a felicidade estava-lhe estampada no rosto. Os adeptos num grito de raiva festejaram o golo. Pouco mais havia a celebrar, pois em todos estava o sentimento de que havíamos perdido 2 pontos.

Pela negativa fica-me na retina a péssima exibição da defensiva vitoriana e o comportamento algo grotesco e enfurecido de alguns adeptos algarvios.
Pela positiva destaco o mar de gente que uma vez mais se desloca atrás do seu Vitória e a luta e abnegação dos atletas que até final nunca deixaram de correr e de tudo fazer para chegar ao golo.

Segue-se o Penafiel no Bonfim. Domingo às três da tarde. Perspectiva-se uma grande tarde de futebol. Assim o seja, que venham os três pontos e o 3º lugar.
À beira Sado outra coisa não se admite.
Spry

quinta-feira, janeiro 15, 2004

Pesadelo na Amoreira

A primeira enchente da época no António Coimbra da Mota, foi protagonizada ontem à noite pelo Vitória e pelos seus adeptos, que invadiram, literalmente, o campo do Estoril-Praia, para assistirem a uma partida dos oitavos de final da Taça de Portugal.

Mesmo com um apoio entusiástico, mesmo com um número de adeptos superior ao da equipa que jogava em casa, mesmo com a mais fiel, apaixonada e entusiasta massa adepta de Portugal o Vitória foi eliminado da Taça. E o pior é que foi a pior exibição da época da equipa vitoriana. O Estoril pouco mostrou, mas fez mais na busca pelo golo e por isso foi premiado com a passagem aos quartos de final.

Quanto ao jogo pouco há a dizer, tão pobre foi o espectáculo. Ficou-me na retina o golo canarinho ( Buba volta a fazer estragos na moral vitoriana), uma monumental defesa de Marco Tábuas dois minutos depois do 1-0, uns fantásticos e emotivos 5 minutos finais da 1ª parte, onde o perigo rondou as duas balizas, um grande jogador da bola chamado Carlitos e uma inenarrável e dorida desilusão vitoriana no final da partida.

Depois da sofrida Vitória na Lixa por desempate por penalidades e dos passeios a Alverca e Alvalade, adivinhava-se chuva na deslocação ao Estoril.
Não de água como o dia anunciou, mas de tristeza e desolação, como no final se confirmou.
Para o ano há mais.
Spry

sexta-feira, janeiro 09, 2004

Depois da prenda no sapatinho e findas as festividades, está na altura para o treinador de bancada retomar as suas prosas relativas ao Vitória e ao futebol português.

Depois da magnífica prenda natalícia em Alvalade, o Vitória foi à Covilhã comer a fava do bolo rei. Uma derrota sem contestação contra os homens de João Cavaleiro ( últimos na tabela classificativa), que deixou os dirigentes e adeptos vitorianos à beira de um ataque de nervos.

Realce ainda em Dezembro para o empate da equipa de andebol do Vitória em Almada frente ao Ginásio do Sul (24-24), num jogo muito disputado e emotivo, onde não fora uma arbitragem parcial na primeira parte e o azar nos segundos finais do encontro e o Vitória poderia mesmo ter comemorado a 2ª vitória fora de portas esta temporada.

A equipa de Futsal foi eliminada da Taça de Portugal, frente ao primodivisionário Sporting de Pombal por 5-2 e foi alvo de rasgados elogios por parte do treinador pombalense.

Novo ano e o regresso às vitórias.
No primeiro jogo do ano o Vitória recebeu no Bonfim, pela terceira vez consecutiva, o líder da classificação. A Naval, do Aprígio.
Com onze homens fechados no meio campo, com jogadas de contra ataque que eram neutralizadas antes sequer de ser ultrapassada a linha intermediária, a Naval saiu derrotada por 3-0, mas pela postura merecia ter perdido por muitos mais.

O que é certo é que o Vitória também não esteve numa tarde inspirada. Carvalhal decidiu, e bem, apostar em Marcos Aurélio, porém o jogo do Vitória afunilava demasiado e faltava a referência na área. CC cedo trocou Puma por Hugo Henrique,e não obstante as melhorias evidenciadas o Vitória não marcava e o intervalo chegava.

Retomada a segunda parte, o registo com que havia finalizado a 1ª parte, manteve-se. Só que aos 7 minutos a estrelinha de campeão, indispensável a qualquer equipa vencedora, fez uma bola inofensiva lançada por Orestes para as mãos do guarda redes Serrão, escorregar-lhe das mãos e ir parar direitinha aos pés de Meyong que inaugurou o marcador.
O 2-0 surge na sequência de uma grande penalidade, indiscutível, cometida sobre Jorginho, após uma magnífica jogada do ataque vitoriano. Meyong converteu e fez o 2-0. O 2º hattrick da época para Meyong surgiria pouco depois. Zé Pedro marca superiormente um livre no lado direito do ataque vitoriano, e Meyong, oportuno, de cabeça desvia a bola para a baliza, que depois de embater na trave se anicha, pela terceira vez, nas redes da baliza da Naval, de Aprígio.
Saudações Vitorianas e um 2004 que consagre o Vitória e o ponha de novo no topo do futebol nacional.
Spry