quarta-feira, janeiro 21, 2004

De férias no Algarve...

Aproveitando o fantástico sol do Janeiro algarvio, milhares de adeptos vitorianos rumaram a sul este fim de semana, para apoiar a caminhada do Vitória rumo à Superliga.

Porém, inexplicavelmente, a defesa do Vitória, também aproveitou a estadia no Algarve para tirar "férias" e contribuiu, de forma decisiva, para que os três pontos não tivessem viajado para Setúbal.

A partida foi viva, animada e emotiva. O Vitória mais equipa, entrou a pressionar e o perigo rondou sempre a baliza do Portimonense. Só que aos 21 minutos da 1ª parte Jorginho deixa a bola, abrindo as pernas, nos pés de um adversário, que de imediato a solta na esquerda donde saiu um centro perfeito que Edmilson converteu no 1-0.
Como que espicaçado e ferido o Vitória lançou-se ainda com mais acutilância na busca do golo, que viria a surgir seis minutos depois dos pés de Zé Pedro após jogada de Meyong.

O jogo continuava num ritmo frenético, com o perigo a rondar as duas balizas e quando todos se preparavam para o intervalo, dois erros monumentais viriam a dar o segundo golo ao Portimonense. Hugo Alcântara infantil e displicentemente permite que uma bola inofensiva fique ao dispor de Artur Jorge Vicente, que ajudado pelas duas mãos e com a cegueira, momentânea, de Augusto Duarte e do seu fiscal de linha, coloca a turma algarvia em vantagem.

Depois dos couratos e do polvo, superiormente elaborados e confeccionados pela D. Rita, oriunda da Fuzeta na sua roullotte nas cercanias do estádio, a segunda parte chega e com ela o tento da igualdade do Vitória. Já com Pascal em campo, a fazer estragos na ala esquerda do ataque, inteligentemente observado por Carvalhal, o tento da igualdade justificou-se. Pascal depois de um excelente trabalho na esquerda centra para a área onde Meyong assiste, de cabeça, Jorginho, que também de cabeça empurra para o fundo das malhas. 2-2 e o Vitória tinha agora toda a segunda parte para ganhar o jogo. Empolgado pelos adeptos o conjunto sadino foi a partir daqui dono e senhor do jogo e quando se justificava já o 2-3, mais um erro da defensiva sadina permite o 3-2. Um livre longe da área que Nuno Santos não agarra e no meio de toda a gente Edmilson coloca novamente os comandados de Dito em vantagem. Incompreensível a continuidade deste guarda redes como titular. É o pior dos três guarda redes do Vitória, é do Benfica e é praticamente o único que joga. À consideração de Carvalhal... que como assíduo leitor da bancada, certamente rectificará e no próximo Domingo com o Penafiel far-nos-á a vontade a todos ao dar ao Nuno o mesmo lugar que tem dado ao Hélio: a bancada.

O jogo aproximava-se do final e quando os adeptos vitorianos já desesperavam, os jogadores continuavam a lutar. A dois minutos do fim Meyong cai à entrada da área, o árbitro apita falta, Zé Pedro encaminha-se para o lugar, agarra a bola, coloca-a a seu gosto na relva, olha para a baliza e sussurra para Marcos Aurélio a seu lado: " Está mesmo boa". Rematou. A bola sobrevoa, arqueada mas firme, a barreira algarvia. Márcio nesse momento inicia o seu voo, numa tentativa derradeira de segurar a vitória, mas era tarde demais. A bola anichava-se no fundo da baliza depois de ter cruzado a linha de golo bem juntinho ao poste. O 3-3 final estava assim escrito. Zé Pedro ficou nas nuvens, dançou, saltou e a felicidade estava-lhe estampada no rosto. Os adeptos num grito de raiva festejaram o golo. Pouco mais havia a celebrar, pois em todos estava o sentimento de que havíamos perdido 2 pontos.

Pela negativa fica-me na retina a péssima exibição da defensiva vitoriana e o comportamento algo grotesco e enfurecido de alguns adeptos algarvios.
Pela positiva destaco o mar de gente que uma vez mais se desloca atrás do seu Vitória e a luta e abnegação dos atletas que até final nunca deixaram de correr e de tudo fazer para chegar ao golo.

Segue-se o Penafiel no Bonfim. Domingo às três da tarde. Perspectiva-se uma grande tarde de futebol. Assim o seja, que venham os três pontos e o 3º lugar.
À beira Sado outra coisa não se admite.
Spry

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