quinta-feira, dezembro 30, 2004

Vitória escorrega em Almada

Como se pode ler no site oficial do Vitória , o Vitória foi ontem ao recinto do Ginásio Clube do Sul, perder de forma injusta e decepcionante com o clube almadense.

Com um vibrante apoio de algumas dezenas de adeptos vitorianos , a equipa do Vitória entrou mal no jogo com um parcial de 4-0, do qual viria sensacionalmente a recuperar para os 4-5.

Porém ao intervalo, foi a turma do Ginásio que se encontrava a vencer por 11-9.
Na segunda metade apareceu o até aí escondido, Vladimir Bolotskikh, com poderosos golos da meia distância que viraram rapidamente o marcador e colocaram os sadinos a liderar por 2 golos de diferença.
O ímpeto e o querer dos homens do Ginásio , já perto do final, catapultaram-nos para um final fantástico e chegados aos 28 minutos anulavam a desvantagem e igualavam o marcador a 23.
E aqui o Vitória falhou, ao não conseguir marcar um único golo nos 2 minutos finais e a permitir 3 aos homens da casa.
Derrota frustrante, que não deve contudo desanimar os pupilos de Luís Monteiro, que pela qualidade e potencial revelados, bater-se-ão seguramente com qualquer equipa até à vitória.
Esperemos então, por um excelente 2005.

Francisco Bacalhau continua a liderar a lista dos melhores marcadores do campeonato com 38 golos em 4 jogos seguido do sérvio do Ginásio Zelenovic com 32.
Spry

terça-feira, dezembro 28, 2004

Andebol: V.F.C -35 - A.A. Águeda-34

Na ante-véspera do dia de Natal, o entusiástico público que se dirigiu ao Antoine Velge para apoiar a equipa do Vitória frente ao Águeda, teve oportunidade de assistir a uma emotiva e bem disputada partida de andebol.
Intervalando excelentes exibições e resultados com prestações menos conseguidas os pupilos de Luís Monteiro recebiam o Águeda, estreante no principal campeonato português de clubes, sem admitirem outro resultado possível que não a Vitória. Quiçá, por algum menosprezo pelo potencial e valia do adversário, os jogadores do Vitória baldaram-se positivamente para o trabalho defensivo, compensando com a excelente prestação ofensiva, permitindo assim aos homens de Águeda manterem-se colados em termos de marcador durante toda a primeira parte. Apenas a desconcentração , durante o último minuto da primeira parte, da equipa do Águeda possibilitou ao Vitória ir para as cabinas a vencer por 23-19.

No segundo tempo a postura da equipa vitoriana não se alterou e os viajados de Águeda mantiveram-se na senda de algo mais que a derrota até ao minuto final. O Vitória geriu a vantagem com boas exibições de Bacalhau, Bolotskih e Danilo Ferreira, bem amparados nas pontas por Ricardo Palma e Pedro Morgado, com o capitão Pedro Carvalho a organizar jogo. No final o susto ainda aconteceu mas a experiência dos homens do Vitória e o guarda redes Ricardo Correia já nãopermitiram que o resultado passasse dos 35-34.

Uma vitória justa, que colocou os sadinos na 6ª posição do campeonato e colocou o lateral vitoriano Francisco Bacalhau a liderar a lista dos melhores marcadores do campeonato.

Amanhã, Quarta-Feira dia 29, o Vitória despede-se de 2004 em Almada, em partida a contar para a 4ª jornada do campeonato, onde enfrentará pelas 21h00 o Ginásio Clube do Sul.
Um local e uma hora que permitirão seguramente a muitos amantes do andebol vitoriano estarem presentes e dar o seu apoio a uma equipa que promete continuar a ilusionar os sócios do Vitória e os amantes da modalidade.
Spry

segunda-feira, dezembro 20, 2004

Protesto!!!


Protesto contra o amadorismo e aventureirismo na nomeação do árbitro que dirigiu o jogo entre o 5º e o 7º da SuperLiga. Protesto com a cobardia, mentirosa e corrupta? do fiscal de linha do lado da "bancada do sol".

Protesto contra a equipa do Leiria que sempre que vem a Setúbal esquece-se de vir jogar à bola e só se preocupa em impedir que os outros joguem e em fazer correr o relógio, sobretudo com a bola parada.

Protesto contra a contínua permissividade generalizada em relação às equipas que praticam anti-jogo na Super Liga.

Protesto com o treinador que não dá ordens que impeçam a quebra das regras na marcação de grandes penalidades. .
Protesto com o treinador que ao invés de ordenar ao capitão de equipa que tire as bolas da mão de quem não cumpre as regras, prefere esperar para ver e refilar com quem está no banco. Quem manda afinal? Protesto com o treinador que prefere queimar o jogador para sempre, por num gesto ( que só revela querer e vontade) a quente e , seguramente, irreflectido ter comprometido a equipa . O que diria Zé Couceiro se Bruno faz o golo?

Protesto contra a noite negra de um jogador que tem muito para dar ao futebol mundial, mas que não está a ser feliz. Protesto que um profissional do seu gabarito não saiba pontapear um penalty.

Protesto contra a novela Jorginho. Protesto pelo facto de Jorginho não ter jogado os últimos 5 jogos como o fez ontem. Protesto que a exibição magnífica de Jorginho não tenha sido coroada com os tão ansiados 3 pontos, que colocariam a equipa no 4º lugar.
Protesto com o assédio vergonhoso, escandaloso, ilegal, imoral e inadmissível que o benfica de Zé Veiga ( tão distinto do Benfica de Borges Coutinho ou Ferreira Queimado) tem feito a Jorginho e ao seu empresário António Teixeira). Protesto que o génio brasileiro, ao fim de quatro anos, em que sempre recebeu tratamento preferencial e privilegiado relativamente aos seus colegas, venha agora ingénua e inocentemente dizer que não é a salvação para os problemas financeiros do Vitória.

Protesto contra a displicência e desperdício de golos de Meyong e Bruno Moraes.
Protesto contra o facto de a melhor equipa não ter marcado mais golos que o Leiria.

A crónica do jogo será feita quando este for repetido, porque obviamente os responsáveis vitorianos disseram, no final do jogo, e vão dizer à Liga: "Protesto !!!"

domingo, dezembro 19, 2004

Vitória perde na deslocação a Águas Santas

Contra todas as fundadas e legítimas expectativas dos adeptos vitorianos, a equipa de andebol não confirmou o excelente resultado da 1ª jornada frente ao F.C.Porto e foi copiosamente derrotada por 33-25.
Aqui fica a notícia, in site oficial do Vitória :

"Tarde desinspirada da equipa do Vitória
Águas Santas - 33 Vitória F.C.- 25
Depois do excelente resultado obtido em casa do F.C.Porto, a equipa de andebol de Vitória não foi feliz na deslocação a Águas Santas.
Sem os índices de eficácia defensiva patenteados na 1ª jornada e com muitos lances de pura infelicidade, a equipa vitoriana foi incapaz de contrariar a excelente réplica dada pelos homens da casa, que venceram com mérito.

Não obstante este deslize, a equipa continua muito motivada e empenhada em começar a ganhar rapidamente nesta edição do campeonato LPA, e para isso conta com o apoio do público vitoriano já na próxima Quarta Feira ( 21h00), no pavilhão Antoine Velge, para a recepção ao A.A.Águeda.

Pelo Vitória alinharam:

Francisco Bacalhau -9 golos
Vladimir Bolotskikh -5 golos
Ricardo Palma -4 golos
Rolando Costa -2 golos
Danilo Ferreira -2 golos
Joel Couto -1 golo
Pedro Carvalho -1 golo
Pedro Morgado -1 golo
Luís Moreira
Rui Mamede
Boris Zarkovic
Ricardo Correia
Hugo Laurentino
Ricardo Martins"

Na Quarta Feira lá estaremos para testemunhar, todos assim o esperamos, a 1ª vitória nesta edição do Campeonato da Liga Portuguesa de Andebol.

Saudações Vitorianas
Spry

sábado, dezembro 18, 2004

Como os mais familiarizados com as questões do futebol e do desporto em geral sabem, até há bem pouco tempo a legislação portuguesa previa a dissolução automática das Sociedades Anónimas Desportivas ( SAD) - e consequente liquidação e extinção - no momento em que se aprovassem as contas do segundo dos dois exercícios consecutivos em que se tenha verificado a perda de metade do capital social, sempre que o capital próprio da empresa seja inferior ao do capital social.

Como é do conhecimento público, poucas ou nenhuma das SAD existentes em Portugal cumpre tais requisitos, o que implicaria nos próximos exercícios a sua automática dissolução.

Pois bem, no jornal Abola, de ontem 17 de Dezembro, discretamente, num cantinho surge a notícia da salvação dos clubes portugueses: "Dissolução automática já não ameaça as SAD". Ficamos a saber pela leitura, que o Conselho de MInistros de 7 de Dezembro alterou o art. 35 do Código das Sociedades Comerciais de forma a garantir a sobrevivência dos clubes que optaram por tal modelo de gestão, substituindo tal sanção por normas de conduta facultativas e pouco mais.

Será que ninguém liga a isto? Ou por toda a gente saber que de uma forma ou de outra, mais cedo ou mais tarde, quando a hora da verdade fosse chegada, se arranjaria forma de impedir tal "escândalo nacional"?
Na hora do adeus, e depois de ficar para a história como o Primeiro-Ministro que mais merda fez em tão pouco tempo, Pedro Santana Lopes ainda teve tempo para dar uma ajudinha à clubite nacional, ele que até foi Presidente de um dos clubes da segunda circular......
Spry

quinta-feira, dezembro 16, 2004

- 25 - 25



O Vitória de Setúbal iniciou de forma bastante positiva o III campeonato LPA.
Na deslocação ao reduto do F.C. Porto a formação oriunda das margens do Sado impôs-se perante os campeões nacionais e arrancou um empate, num recinto onde dificilmente se verá repetida semelhante proeza por outro clube esta época.

Tal como rezam as crónicas o conjunto vitoriano exibiu-se em excelente plano, tendo construído este resultado com base numa defesa muito eficaz e coesa, da qual o guarda redes Ricardo Correia foi o expoente máximo.

Com os laterais Francisco Bacalhau (10 golos) e Vladimir Bolotskih (5 golos) a liderarem a lista dos melhores marcadores vitorianos, o Vitória alcançou um resultado que terá entrado para a história do andebol vitoriano, pois não há memória, pelo menos nas últimas 2 décadas, de outro resultado nas deslocações ao recinto do Porto, que não a derrota.

Excelentes as indicações dadas pela equipa do Vitória que alcança preciosíssimos 2 pontos, que, espera-se, tenham a devida continuidade já no próximo Sábado quando o Vitória se deslocar ao recinto do Águas Santas para disputar a 2ª jornada.

A notícia deste jogo, bem como os marcadores de todos os golos do Vitória estão disponíveis na página oficial do Vitória.

Força Vitória, vamos continuar a fazer história.
Spry

terça-feira, dezembro 14, 2004

Mãos à obra rapazes...!



Com cerca de 3 meses de atraso, inicia-se amanhã o campeonato profissional do andebol nacional.
Na 1º jornada o Vitória desloca-se ao recinto do F.C.Porto, campeão nacional, onde procurará contrariar o natural favoritismo dos visitados.
Com um plantel constituído maioritariamente por atletas da cidade, com a contratação sonante do internacional Vladimir Bolotskikh, de um lateral esquerdo sérvio dotado de excelente técnica (Boris Zarkovic) e dos regressados Ricardo Palma (ex-Ginásio do Sul), Rolando Costa e Rui Mamede ( ex- 1º Dezembro Queijas ) do promissor ex-Almada Joel Couto e com a promoção do junior Hugo Curto, a formação vitoriana entra para este campeonato com a legítima ambição de entrar no grupo dos seis primeiros que disputarão, numa 3ª volta o título de campeão nacional.

Nada melhor do que iniciar a competição ganhando a um grande, é o ideal para potenciar e incrementar os índices de confiança da equipa e continuar a alimentar o sonho de uma participação europeia ou até o título no campeonato maior do andebol português.
Contamos convosco, façam favor de começar a ganhar!

Spry

Quando o jogo não é o mais importante....



Apostando no mesmo onze que há uma semana recebera e vencera o Marítimo, José Couceiro e o seu Vitória deslocaram-se a Vila do Conde para defrontar o Rio Ave de Carlos Brito, uma das equipas que melhor futebol pratica neste campeonato ( apesar de contra o Vitória não o ter demonstrado) e saiu derrotado por uma bola a zero.

Imbuído, quiçá, do espírito da quadra que agora atravessamos, ainda não decorriam 2 minutos de jogo, quando Veríssimo oferece a bola a Gama que, isolado na cara de Marco Tábuas, não desperdiçou e atirou a contar para o fundo das malhas.

Escsusado será dizer que, exceptuando 2 lances nos quais Marco Tábuas realizou 2 grandíssimas defesas, o Vitória foi a partir daqui, o mesmo é dizer, durante mais de 90 minutos, a única equipa a assumir a despesa do jogo e a única interessada em jogar futebol de ataque.

Notei a habitual serenidade da equipa, notei a mesma confiança, notei nos jogadores a convicção de que a sua técnica e táctica seriam suficientes para, pelo menos, não perder o jogo.
Mas não notei a habitual chama, o habitual fulgor, a costumeira alegria indispensável para as vitórias e indissociável dos êxitos até ao momento. E temo, se o discurso do técnico não muda rapidamente que se instale a apatia e o desanimo no balneário vitoriano.

José Couceiro disse antes da partida que o jogo de Vila do Conde era o que menos o preocupava no momento.
Bem sei que a situação do clube e da SAD é gravíssima, bem sei que existem no plantel atletas com dois meses de salários em atraso, bem sei quão difícil e complicado é gerir um plantel nestas condições.
Mas também sei que, infelizmente é esta a situação em 70% dos clubes e sei que sobre mais nenhum clube se fala tanto em dificuldades de tesouraria como do Vitória. Em mais nenhum clube treinador e jogador estão constantemente na praça pública a fazer alardo das dificuldades financeiras dos seus clubes.
Sou de opinião que tal comportamento, não pode nem deve continuar a ser tolerado pelos responsáveis vitorianos. Por um lado, porque objectivamente este tipo de declarações em nada beneficia quem as profere e prejudica obviamente a capacidade negocial e a imagem do clube.E se o Sindicato dos Jogadores e a Liga Profissional assinaram um acordo que confere aos atletas o direito de rescindir o contrato quando existem 3 meses de salários em atraso, significa que até esse momento se impõe total solidariedade e empenho do atleta para com o clube. Por outro lado este tipo de discurso soa sempre ou a desculpa por maus resultados ou a auto-elogio por num momento de grande dificuldade se continuarem a ganhar jogos.

Espero sinceramente que todos os problemas que afectam a equipa sejam rapidamente solucionados, espero que este tipo de discurso seja definitivamente arredado do clube e aguardo com tranquilidade pelas próximas 5 vitórias para que o objectivo proposto seja atingido e para que se possam redefinir objectivos e metas que seguramente estarão ao alcance deste fantástico grupo de trabalho e seguramente mais de acordo com o prestígio desta grandiosa instituição.

Saudações Vitorianas
Spry

quarta-feira, dezembro 08, 2004

Regresso às vitórias



Depois de duas derrotas consecutivas, voltaram os sorrisos à margem do Sado com a convincente exibição e brilhante vitória sobre a excelente e espectacular equipa do Marítimo, superiormente comandada pelo Prof. Mariano Barreto - ícone do futebol ganês.

José Couceiro fez o que há muito se impunha: relegou Meyong para o banco de suplentes e deu a condição de titular a Bruno Moraes, que voltou a mostrar que é de facto um jogador de outra galáxia e de uma qualidade incomparável na denominada Super Liga.
No flanco esquerdo o treinador do Vitória tirou Zé Rui e colocou Bruno Ribeiro no seu lugar.

O desenrolar e a história do jogo vieram dar razão a José Couceiro nas alterações e a quem há muito as vinha pedindo. O lado esquerdo teve uma consistência que ainda não haviamos visto esta época e foi exactamente dos pés de Bruno Ribeiro ( grande exibição) que nasceu o golo do Vitória, da autoria do defesa maritimista Eusébio, pressionado por Manuel José, ainda não eram decorridos 15 minutos.

No lance anterior Marco Tábuas impediu de forma espectacular Pena de inaugurar o marcador para o Marítimo, após falha monumental do defesa Éder.

Depois do 1-0 o jogo continuou emotivo, disputado e muito animado com ambas as equipas a delinearem um futebol bastante atractivo, com rápidas variações ofensivas de muita qualidade, denotando-se a classe superior de Jorginho e Bruno Moraes nos principais lances deataque do Vitória.
A verdade é que os exigentes tendidos do Bonfim assistiram com deleite a uma primeira parte de grande classe e categoria por parte dos comandados de Zé Couceiro, que com as suas jogadas rápidas e vibrantes fizeram ecoar por muitas vezes uns emocionados gritos de "Isto é que é jogar à Vitória!!!" . Sintomático do ambiente vivido nos primeiros 45 minutos no Bonfim.

O início da segunda parte revelou-se decisivo para a história do resto do encontro. Ainda não era atingido o minuto 5 já Hugo Alcântara fazia o 2-0, após livre na esquerda superiormente marcado por Manuel José.

Depois disso o Vitória poderia ter feito o 3-0 numa das muitas deambulações de Jorginho, que mostrou estar de volta às boas exibições, mas no momento final faltou sempre qualquer coisa e foi depois de sucessivas perdidas para o Vitória que o Marítimo despertou, a cerca 10 minutos do fim e empurrou o Vitória à sua defensiva, que com grande espírito de entre ajuda nunca permitiu à formação insular violar as redes de MArco Tábuas.

Vitória incontestável do Vitória setubalense que volta a colocar a formação sadina em lugares europeus e que, seguramente, devolverá alguma estabilidade ao balneário setubalense e permitirá enfrentar os tempos negros que se adivinham no horizonte, com uma maior tranquilidade.
Saudações Vitorianas
Spry

Vitória eliminado da Taça da Liga

Via site oficial do Vitória chega a notícia da derrota da equipa de andebol do Vitória esta tarde no Restelo frente ao Belenenses por 30-20.

Dez golos de diferença que retiram ao Vitória o direito a disputar o primeiro título da época no próximo fim de semana.

Frustrante é o mínimo que apetece dizer neste momento, depois da excelente exibição de Domingo nada fazia adivinhar tamanho descalabro.

Oxalá a moral da equipa recupere rapidamente e possamos começar o campeonato com uma vitória em pleno terreno dos campeões nacionais.

Spry

terça-feira, dezembro 07, 2004

Vitória esmaga Ginásio do Sul



Finalmente teve início, confesso que cheguei a duvidar, a competição oficial para os principais clubes portugueses de andebol e em particular para o Vitória.
Vitória que revelou uma excelente forma, grande carácter e ser possuidor de uma equipa que, pela análise do valor do plantel e pelo que ontem pudemos observar, ombreará de igual para igual com qualquer equipa do campeonato.

Na competição que ontem teve início, Taça da Liga, o Vitória procura alcançar um lugar entre os quatro que disputarão o troféu no próximo fim de semana em Espinho.
Inserido no grupo 3, com Belenenses e Ginásio do Sul, o Vitória, sabendo que na 1ª jornada o Belenenses fora derrotado por 6 golos de diferença, tinha a noção que ganhando com vantagem superior ao Ginásio lhe seriam escancaradas as portas que dão acesso à final four.

E assim foi,sem poder contar, por lesão, com o sérvio Boris Zarkovic o Vitória efectuou uma exibição que terá surpreendido os descrentes na equipa de andebol, esmagando o seu opositor por convincentes 29-21 deixando água na boca a todos os adeptos, que ontem compareceram em número significativo, o que deixa adivinhar uma época muito positiva para as cores verde e brancas.

Na Quarta- Feira o Vitória desloca-se ao Restelo e garantirá, todos assim o esperamos, a presença nas meias finais da competição. Importa reter que defrontaremos um histórico do andebol português, cujo investimento na modalidade é seguramente muito superior ao do Vitória e que conta nas suas fileiras com alguns internacionais como o ex-Vitória João Pinto.
Ainda nada está decidido, mas o Vitória está em excelentes condições para, se jogar para ganhar, respeitando o adversário e mantendo a concentração até final, dar uma alegria aos seus adeptos e ganhar o direito a lutar pela vitória na 1ª competição da época.

Destaques individuais para os laterais Francisco Bacalhau e Vladimir Bolotskikh que mostraram toda a sua classe e categoria ao fuzilarem continuada e sucessivamente a baliza adversária.
Destaque também para a espectacular exibição do guarda redes Ricardo Correia, em tarde de verdadeira inspiração que o tornaram no grande responsável pela diferença final no marcador.
Um feliz regresso à competição, oxalá termine como começou.

Saudações Vitorianas
Spry

terça-feira, novembro 30, 2004

Ainda não foi desta....




A noite de ontem no Bonfim, que se previa de fortes emoções, saldou-se por uma cinzentona vitória da pior equipa em campo, o Futebol Clube do Porto.

No momento em que vos escrevo estas linhas os sentimentos que me assolam são ainda bastante contraditórios e difusos quanto à melhor forma de ilustrar e retratar a partida de ontem à noite.

Se por um lado, independentemente do poderio do adversário, sou obrigado,ainda que a contra gosto, a questionar algumas das opções de José Couceiro, nomeadamente a inclusão de Ribeiro em detrimento de Nandinho que vinha sendo um dos mais regulares elementos da equipa do Vitória. Se o jeito de Ribeiro para dar entrevistas inconvenientes e destabilizadoras fosse o mesmo que para jogar futebol talvez o resultado ontem pudesse ter sido diferente.
José Couceiro erra também, descarada e incompreensivelmente, no meu modesto entendimento, ao apostar contínua e sucessivamente no extremo esquerdo benfiquista Zé Rui: uma perfeita nulidade - falta de lucidez ofensiva, pouca capacidade defensiva, demasiado individualista, inconsequente e limitado tecnicamente. A seu favor alguma irreverência típica da juventude e velocidade bastante elevada. Dadas as alternativas existentes no plantel não se compreende de forma nenhuma a insistência de Zé Couceiro neste jogador, a não ser que este jogador tenha alguma cláusula no contrato que lhe garanta 60 minutos por jornada.

Feitos os principais reparos à equipa do Vitória e às opções de José Couceiro e já visto e revisto o jogo, ao vivo e na tv, já devidamente analisadas as diversas crónicas desta partida, donde quem as lê conclui que o Porto fez um jogão em Setúbal, porque sofreu, porque se uniu, porque perante a adversidade de ver o "Bicho" expulso ainda antes do intervalo conseguiu segurar a vantagem, porque mostrou fibra de "campeão", a verdade é que, apesar de concordar que assim é que se ganham campeonatos e reconhecer a incapacidade e impotência ontem demonstradas pelo Vitória de marcar um golo, não posso deixar de sorrir ironicamente quando recordo as crónicas e as críticas às exibições da equipa setubalense no último ano em que, comandada pelo actual adjunto Carlos Cardoso, se qualificou para as competições europeias há 5 anos. Recorde-se como exemplo o resultado obtido em Alvalade ( 0-0 ), numa partida onde o Vitória foi crucificado, pelos opinion makers por ter assumido uma postura idêntica à do FCP de ontem.

Se nós, vitorianos, estamos desiludidos com o resultado de ontem, e estamos, sou contudo, de opinião que devemos estar também orgulhosos com a prestação da equipa do Vitória, pois também demonstrou ser uma equipa unida, coesa, com grande carácter e enorme personalidade. Se retivermos como dados, que os sadinos são o plantel mais barato da SuperLiga e que o porto para além de ter a mais cara equipa de Portugal é actualmente o campeão nacional e europeu em título, quando analisamos os números da partida do Bonfim ( VFC - 50 ataques FCP- 19; 53% de posse de bola para o Vitória contra 47% do Porto, 15 remates dos sadinos contra 12 dos portistas) não podemos deixar de concluir que os comandados de Couceiro se mais não fizeram foi por que não foi possível.

Foi uma partida com duas partes distintas. Na primeira o Porto conseguiu, a espaços, dar um ar da sua graça. Ao mesmo tempo que os defesas nortenhos se ocupavam de anular as investidas perigosas de Jorginho, Igor e Manuel José, os seus criativos, sobretudo Quaresma chegaram a causar pânico na defensiva de Marco Tábuas. Decorria metade da primeira parte quando, na sequência de uma falta não assinalada pelo árbitro contra o Porto, o Vitória cede canto. Na pequena área, solto de marcação, Jorge Costa respondeu sim ao canto de Diego e inaugurou e sentenciou o marcador.
O Porto mais retraído continuou, de quando em vez, a subir com perigo, mas Marco Tábuas chegou para as encomendas. Aos 42 minutos Jorge Costa é bem expulso, após canalhamente ter pontapeado Jorginho e até ao intervalo o Vitória sufocou o atarantado Porto de Fernandéz com lances rápidos e bem delineados que nunca tiveram o acertado desfecho por parte dos jogadores do Vitória.

A segunda parte foi, em minha opinião, uma vergonha para quem gosta de futebol e para quem legitimamente exigia que no mínimo, o Porto procurasse jogar futebol com o recém promovido Vitória. Porém aquilo a que assitimos ( substituição de Quaresma por Pepe) foi pura e simplesmente ao abdicar de jogar à bola por parte do Porto e ao total controlo da partida por parte do Vitória.
Só que a equipa do FCP revelou ser quase inultrapassável para o conjunto vitoriano, que dominou por inteiro os acontecimentos, não se lançando desesperadamente nos chuveirinhos para a área, antes procurando jogar um futebol bem desenhado, com a bola pelo chão a circular por todos os jogadores, de modo a procurar os espaços, sobretudo pelos flancos, que abririam caminho para as redes defendidas por Nuno Espírito Santo.
A verdade é que ontem o Vitória não teve nem a felicidade, nem a arte suficientes para encontrar esses espaços e empatar o jogo, para posteriormente o poder ganhar. A verdade é que o guarda redes do Porto pouco trabalho teve e na única oportunidade em que Meyong, superiormente desmarcado por Manuel José, iria rematar isolado na cara do golo, sofre falta na grande área e o árbitro não viu. Teria sido o empate que, em meu entender teria permitido ao Vitória ainda poder ganhar o jogo e impedir um resultado injusto.

Este Vitória, quando os Searas e afins já adivinham a perda de fulgor da equipa setubalense, mantém intocáveis e inalteráveis os predicados que o têm feito como equipa sensação do campeonato e vai, tenho a certeza, continuar a espalhar magia pelos relvados nacionais e obter uma classificação final que fará deste Vitória um case study do futebol europeu.

Saudações Vitorianas
Spry

segunda-feira, novembro 29, 2004

Vitória - Porto. O 1º lugar à distância de uma vitória




Esta noite o Vitória de Setúbal recebe no Bonfim o todo poderoso campeão europeu, Futebol Clube do Porto e prepara mais uma surpresa no Campeonato.
Surpresa porque, por muito cientes que estejamos do valor da equipa do Vitória, não podemos deixar de considerar uma surpresa se o Vitória alcançar logo mais a liderança da SuperLiga, ao fim de 12 jornadas.
Surpresa porque por excelente que esteja a ser o momento da equipa do Vitória e por menos bom que esteja a ser o actual momento da equipa do Porto, não podemos deixar de levar em linha de conta que vencer o Porto no Bonfim é algo que não acontece há mais de 20 anos, e algo que eu próprio não me recordo de ter vivido.
Surpresa será, pois não pode ser considerado normal que o F.C.Porto tenha duas derrotas consecutivas para a SuperLiga, ainda por cima vendo o seu opositor ultrapassá-lo e instalar-se na liderança da SuperLiga. Mais surpreendente será, quando o opositor, neste caso o Vitória é o plantel com o mais baixo orçamento dos 18 que disputam a prova maior do futebol nacional.

Pelo facto de recebermos em Setúbal o campeão europeu, pelas circusntâncias que podem colocar o Vitória, em caso de vitória, novamente como líder do campeonato, pelo que a equipa tem realizado até aqui e sobretudo, depois da derrota "ccirurgica" e muito injusta em Barcelos, o público vitoriano tem razões para estar feliz, tem razões para preencher e encher o Bonfim, tem razões, mais que nunca, para aplaudir e incentivar a sua equipa até ao apito final de Hélio Santos.

Vamos jogar para vencer, independentemente do valor e do poderio do adversário, pois foi com espírito ganhador, cabeça levantada, confiança a rodos e respeito pelos adversários, sejam eles quais forem, que o Vitória escreveu no passado as páginas douradas do seu rico historial.
O Vitória conta com o apoio do público e os adeptos, como sempre, nestas alturas não são de regatear esforços.

Força Vitória!!!
Nunca estarás sózinho!!!
Spry

domingo, novembro 28, 2004

Novo site já on-line

Mais de um ano depois do então Presidente Jorge Goes ter ordenado o fecho do antigo site oficial do clube, depois de muito se ter especulado, depois de muito se ter criticado, finalmente o Vitória já tem um novo site oficial na Internet.

Após tanto tempo de interregno, é seguramente com muita alegria e satisfação que todos os vitorianos assistem ao nascimento de uma nova página que, estou certo, enche de orgulho todos os vitorianos.

Esperemos que seja de facto um local de referência e um espaço onde nos possamos habituar a recolher em primeira mão as novidades do dia a dia vitoriano. Se assim for o sucesso está garantido.

O novo site pode ser consultado em: http://vfc.pt

Spry

sábado, novembro 27, 2004



Como vem sendo tradição nos últimos anos, o Vitória de Setúbal assinalou a comemoração do 94º aniversário, com um mega jantar realizado no Pavilhão Antoine Velge, onde compareceram mais de 1000 associados.
A reportagem completa do evento pode ser lida aqui.

Destaques:
-emoção a rodos com a difusão das imagens, na evocação da memória de Jota Jota por parte de Tomé e antigos companheiros presentes, da final da Taça de 1967 em que o Vitória de Jacinto João levou de vencida a Académica de Coimbra.


-Exposição da maquete da futura estátua de Jota Jota
-Entrega dos emblemas de 25 e 50 anos de associados, um momento importantíssimo e muito ansiado na vida de qualquer vitoriano.
-Homenagens justíssimas a António Morais e Manuel Manita.
- Presença do sócio nº1, antigo funcionário do clube, Sr. Tavares da Silva.
-Anúncio do Presidente da autarquia da abertura de um dossiê que tem em vista a construção de um "Centro de Estágio", na Quinta de S. Paulo, estrutura fundamental para o crescimento de um Vitória cada vez mais moderno, mais atractivo e capaz de gerar meios que lhe permitam a sustentabilidade por muitos e longos anos de vida.



-Mensagem de esperança e ao mesmo tempo de aviso à navegação por parte do Presidente do Vitória. Chumbita Nunes fez eco do bom trabalho que , em sua opinião, até aqui tem sido feito e alertou para os perigos de quem agora, quando o Vitória começa a estar apetecível para oportunistas, espreita e pretende palacianamente tomar o poder.
Confesso que o discurso do Presidente teve nuances bastante estranhas e perturbadoras, que me deixaram convencido de que algo de menos positivo estará para acontecer no seio dos orgãos sociais. Vamos esperar pelos próximos dias.




Para o ano há mais.
Saudações Vitorianas
Spry

quinta-feira, novembro 25, 2004

O aniversário era do Vitória mas a "prenda" ficou em Barcelos!



Foram precisas 11 jornadas, para assistirmos ao primeiro escândalo de arbitragem em jogos do Vitória. Motivada pela nossa excelente classificação, pelo facto de podermos alcançar de novo o 1º lugar, ou simplesmente por manifesto azar e infelicidade do árbitro e sobretudo dos seus assistentes, transformou-se, no passado Domingo em Barcelos, um resultado favorável de 2-1 para o Vitória, numa derrota por 2-1.

Foi frustrante porque apesar da excelente prestação da formação gilista o Vitória em nada foi inferior. É certo que a exibição do Vitória não teve a chama de outras tardes, fundamentalmente pela desispiração de 3 dos principais elementos de José Couceiro ( Jorginho, Zé Rui e Meyong), mas também é verdade que o Vitória realizou uma exibição agradável, de futebol bem delineado, com a equipa a apresentar índices de confiança e de serenidade bastante elevados e que, pese embora a desinspiração anormal dos homens da frente até chegou/ava para ganhar o jogo, se a equipa de arbitragem tivesse desempenhado bem o seu trabalho. Assim não aconteceu e o grande prejudicado foi o Vitória que se viu impedido de, em plenas comemorações de aniversário, assumir novamente a liderança da SuperLiga.

Destaques da tarde em Barcelos:


-Exibição soberba de Manuel José - Incansável no ataque, abnegado e inultrapassável na defesa e ainda marcou de livre directo com a classe e a subtileza a que já nos habituou


-O melhor jogo de Veríssimo ao serviço do Vitória - Uma exibição muito segura de grande categoria. Foi o pilar da defesa sadina.

- Incompreensível insistência de Zé Couceiro em dar horas de jogo a Zé Rui, extremo esquerdo ex-Alverca, contratualmente ligado ao Benfica. As exibições trapalhonas, carecidas de visão de jogo, capacidade táctica e espírito de sacrifício, fazem perguntar se este jovem, que prometeu bastante na pré-época, tem contrato para ser titular? Se juntarmos a tudo isto as insistentes e repetidas vezes em que o lemos ou ouvimos dizer que quer ir para o Benfica, apetece mesmo dizer: e já não deveria ter ido...?

- Incompreensível insistência de José Couceiro em, apesar de todas as qualidades de Meyong e de tudo o que tem feito, não apostar em Bruno Moraes que é clara, notória e francamente melhor jogador do que o ponta de lança camaronês.

- Num momento em que no seio das claques do Vitória (VIII Exército e Ultras Furacões Sadinos) se estuda a possibilidade de fusão, foi curioso e caracterizador da verdadeira força do Vitória, constatar que eram muitos, muitos mais os adeptos vitorianos que não eram de nenhuma das claques, do que a soma dos elementos destas.
É a esta massa de vitorianos anónimos desorganizadamente organizados que um dia João Lúcio baptizou de VIII Exército, é este movimento ímpar em Portugal que faz do Vitória o único clube do país que tem 500 elementos não afectos a nenhuma claque organizada a percorrerem num só dia quase 1000 Km atrás de um emblema.

Em final de programa das comemorações sadinas, no próxima Segunda Feira dia 29, o Bonfim quase 20 anos depois recebe novamente o campeão europeu.
Façamos deste jogo uma festa, divertamo-nos e esperemos que a prenda desta vez fique em casa.

Saudações Vitorianas
Spry

sábado, novembro 20, 2004

Muitos Parabéns Vitória Futebol Clube

Seja no Bonfim,
na Luz,
em Roma,
ou no Algarve,

os adeptos do Vitória nunca deixam o seu clube sózinho e são para todo o país e para a toda a comunidade o exemplo vivo de que se existem adeptos incessante e incansavelmente dedicados, devotos e apaixonados, são os adeptos do Vitória de Setúbal que desde sempre foram e continuam a ser uma referência.


Hoje está de Parabéns o Vitória e está de Parabéns toda a cidade que comemora com entusiasmo o nascimento do seu maior embaixador.




Feliz 94º aniversário ao Vitória de Setúbal e a todos os vitorianos!


Que todos os vitorianos saibam honrar, respeitar e perpetuar na memória os 94 bonitos anos de história deste emblemático clube, permitindo que o futuro seja sinónimo de ainda maior glória e de muitos êxitos desportivos nas hostes sadinas, são os meus sinceros votos neste dia tão especial.

Viva os 94 anos do Vitória, Viva o testemunho que deixamos às gerações vindouras, Viva o futuro sorridente, que todos queremos para o Vitória Futebol Clube!


Viva o Vitória
Saudações Vitorianas
Spry

terça-feira, novembro 16, 2004



Ambição, querer, confiança e serenidade adivinham-se neste olhar de José Couceiro.
Todos estes atributos se fazem notar neste Vitória de Couceiro, todos estes atributos foram fundamentais para vencer o Nacional no passado Sábado.



Esta equipa respira saúde e a exibição contra o 4º da época passada, é certo que sem o fulgor então apresentado, com uma exibição categórica e um triunfo indiscutível que permite ao Vitória isolar-se no 3º posto, colado aos da frente, são disso a prova cabal.



José Couceiro regressou ao esquema que tem utilizado ao longo da época, cuja excepção foi a recente visita ao Estádio da Luz, e que muitas alegrias tem dado aos adeptos e à cidade.
O Vitória entrou na partida destemido e determinado a marcar golos, a jogar no meio campo adversário e a remeter os alvi-negros à defesa. Porém este espírito temerário e ambicioso, nunca se converteu, pelo menos para os atletas, em desespero, falta de lucidez e serenidade com o avançar do relógio e com o festival de golos falhados. Na verdade as sucessivas deambulações e incursões atacantes quer de Sandro ( o verdadeiro pilar e motor da equipa), Jorginho, Manuel José ou Meyong geralmente terminavam com claríssimas ocasiões de golo ora defendidas por Hilário, ora escandalosamente desperdiçadas pelo camaronês Meyong, particularmente infeliz nesta tarde de Sábado. Até a barra foi violentamente alvejada por uma bola magnificamente pontapeada pelo brasileiro Éder a uns bons 30 metros da baliza.


O público vitoriano está deliciado com a campanha da sua equipa e com as exibições que esta tem produzido. E deliciado chegou, apesar do nulo ao intervalo com o futebol, a atitude e categoria apresentadas.
Iniciada a segunda parte a tónica manteve-se e perante a incapacidade e inoperancia nacionalistas não teve o Vitória outra alternativa que não a busca incessante pela triunfo até final. Incessante, mas de forma muito paciente, serena e inteligente, nunca se enervando, nunca esmorecendo, nunca deixando de acreditar. Mesmo quando o público perdeu a paciência por um lado com a má exibição de Zé Rui e com a falta de pontaria e sobretudo, por que não dizê-lo, com a apatia de Meyong, mesmo nesses momentos a equipa respondeu com tranquilidade e José Couceiro, ainda que, em minha opinião, tarde mexeu e bem na equipa substituindo estes dois jogadores pelos dois que foram responsáveis pela jogada do golo vitorioso, Igor e Bruno Moraes.



Revelando toda a sua classe e talento, o jovem que a Juventus e o Milan perderam para o Porto de Mourinho, construiu o golo que deu o triunfo ao Vitória. Rapidíssimo, desembaraçou-se de forma espectacular de dois defesas que se lhe depararam, foi feliz no ressalto e centrou de pé esquerdo, com conta peso e medida para o coração da área onde o recém entrado Igor apareceu e de primeira fuzilou a baliza de Hilário para gáudio dos 5 mil presentes no Bonfim.
O ultimo quarto de hora da partida foi deveras alucinante.
Confrontados com a dura realidade os nacionalistas lançaram-se deseperadamente e de forma muito pouco esclarecida para o ataque e com isso abriram inúmeros espaços que os criativos do Vitória aproveitavam para desferir contra-ataques mirabolantes que só não dilataram o marcador por manifesta infelicidade dos avançados do Vitória.
Marco Tábuas chegou para as encomendas da Madeira e permitiu ao Vitória somar mais três pontos importantes para a rápida obtenção dos pontos necessários para a manutenção entre os maiores do nosso futebol.
Nas vésperas do aniversário do VFC, pelo até aqui alcançado estão todos de Parabéns.
Viva o Vitória
Spry

quinta-feira, novembro 11, 2004

No Sábado, vamos invadir o Bonfim!!!



Foi bonita a forma como foi vivida em Setúbal a semana que antecedeu o esperado confronto dos líderes.
Foi bonita a forma como os setubalenses e vitorianos se entusiasmaram de novo com o seu Vitória.
Foi bonita a mobilização conseguida pelos adeptos do Vitória de Setúbal na visita à nova Luz, novamente, 31 anos depois, no 1º lugar.
Foi bonita a festa da comunidade vitoriana nas imediações da Luz.
Foi bonita a galvanização e o enternecedor e emocionante apoio transmitido aos jogadores do Vitória durante todo o jogo.
Foi bonita a atitude de José Couceiro, que quis mostrar ao país, que não se chama Peseiro,e que mais vale levar 4 e jogar de peito aberto, ao ataque do que levar 3 e jogar para não perder.
Foi arreigada e demasiado forte para este Vitória, a dinâmica do Benfica de Trapattoni.
Faltam 7 vitórias para atingir o objectivo primordial.
Faltam 7 vitórias o mais depressa possível, para redefinirmos metas e ambições.
Faltam 7 vitórias urgentes, para o início do viver de um sonho ainda mais bonito.
Vamos começar já com o Nacional no próximo Sábado.
Não és grande Vitória, és Enorme!!!!

Saudações Vitorianas
Spry

Sorteio da Taça



O sorteio da Taça de Portugal realizado esta semana, ditou o reeditar de um velho clássico do futebol português: Académico de Viseu- Vitória F.C.
Uma partida que se antevê de cariz de dificuldade elevado para os comandados de José Couceiro, que defrontarão um clube experiente, com jogadores muito experientes e que, apesar de duas divisões inferiores, quererão certamente voltar a viver tardes de glória como antigamente.
À atenção de Couceiro.

Saudações Desportivas
Spry

Um artigo de excelência



Numa semana vivida na ressaca do clássico de Domingo na Luz, descobri num jornal ABOLA desta semana um comentário digno de nota, destaque e respectiva difusão por todos os meios da comunidade vitoriana, até porque foi escrito por um dos maiores jornalistas portugueses de sempre, um dos poucos ainda vivo, falo-vos do gigante Homero Serpa
Por entender que a qualidade do artigo, o carinho e encanto com que fala no Vitória, assim o justificam, não podia deixar de aqui o transcrever.
Divirtam-se:

A outra novidade futebolística é muito mais agradável. Trata-se da excelente carreira do Vitória FC, mais popularmente Vitória de Setúbal, com brazão destacado no armorial do futebol português, pioneiro do jogo da bola em Portugal, digno parceiro das equipas que disputavam o Campeonato de Lisboa, um clube interessante. Nunca ouvi a ninguém de Setúbal reivindicar o estatuto do 4.º maior clube nacional, e isto quer dizer que os setubalenses não caem em frases parolas, sem nexo, e que até caracterizam com óbvia ausência de personalidade quem as repete. Cada clube tem a sua identidade, o seu passado, o seu presente e terá o seu futuro, parece-me sintoma de inferioridade essa história do quarto clube porque as associações não se medem pelos resultados dos jogos de futebol, medir-se-ão muito mais pela expressão do seu eclectismo e projecção do nome pelo País e pelo Mundo. Mas nada disto perturba o Vitória. Falando de futebol, a velha glória chamou a si a fulgurância das exibições e dos resultados, dá gosto vê-la jogar, as coisas podem, no terreno, sair-lhes bem ou menos bem, mas o Vitória tem um estilo, tem aquilo que, há algum tempo, os especialistas consideravam o fio de jogo. Fez-me recordar o Vitória do Fernando Vaz, depois do Pedroto, um futebol rendado, enleante, que eu vi nascer no Campo dos Arcos e depois viver no Bonfim. Assisti a grandes espectáculos proporcionados pelos vitorianos e, obviamente, aos percalços que o impediram de chegar ao título nacional, apesar de ser a melhor equipa. Fixei os nomes dos seus futebolistas, entre eles o inconfundível Jacinto João, acompanhei a equipa em digressões pela Europa, África e América, era uma máquina de produzir um futebol suave, harmonioso, empolgante. Muitas vezes, tive ocasião de felicitar o João Lúcio porque no companheiro de décadas e de excursões, prestigiado correspondente de A BOLA em Setúbal, também via um dos obreiros da formação das equipas setubalenses. É o herdeiro desses tempos inolvidáveis que está em campo, independentemente do que possa fazer no Campeonato, em termos de classificação, arrisco a presciência de que continuará a ser um conjunto que do futebol é capaz de fazer um espectáculo delicioso.


Saudações Vitorianas
Spry

terça-feira, novembro 02, 2004

Para ti, Jacinto João



O Vitória de Setúbal, enlutado pela morte do seu mais carismático e emblemático jogador de sempre, recebeu e venceu a noite passada o sua homónimo de Guimarães, por 1-0 e colocou o nome da cidade do rio azul no topo da classificação do campeonato português.

O público vitoriano acorreu em massa para fazer a última despedida ao maior ídolo de sempre do mundo vitoriano e ajudar a equipa a ganhar e a dedicar a liderança do campeonato, ainda que por uma semana, ao Príncipe da perna torta.
O minuto de silêncio transformou-se num sentido e emocionado explodir de aplausos, que pela última vez iam direitinhos para JJ, no mesmo estádio onde outrora rabiava e baralhava adversários, e encantava toda uma cidade e um país.

Com uma atmosfera e um ambiente fantásticos no Bonfim, o Vitória setubalense entrou decidido a fazer História e como nos tempos do JJ, jogou e encantou.
O Vitória realizou uma primeira parte de grande classe, demonstrando elevada personalidade, sendo que a primeira meia hora constituiu um verdadeiro vendaval de futebol ofensivo que não deixou o Guimarães respirar.

Com o mesmo onze de sempre, este Vitória de Zé Couceiro só não foi para o intervalo a ganhar por 2 ou 3 bolas de diferença por manifesta infelicidade e mérito para Palatsi. Jorginho esteve como quase sempre: genial. Foi um autêntico quebra-cabeças para os minhotos, que o massacraram com faltas feias, e por 2 oportunidades não marcou porque a bola saiu a rasar os postes.

Depois de uma primeira parte espectacular, que confirmou a excelente imagem que o Vitória tem deixado por esse país fora, os Vitórias jogaram uma segunda parte menos espectacular, mas mais viril, mais disputada e muito mais emotiva.

Depois da entrada de Marco Ferreira, muito assobiado no Bonfim, que trouxe alguma agressividade aos de Guimarães, ainda na primeira parte, José Couceiro apenas respondeu aos 65 com a saída de Éder e a entrada de Igor. E foi uma substituição que se revelaria acertadíssima, pois o brasileiro entrou, como já nos habituou, muito bem e foi decisivo no lance mais importante do jogo.

Quando os sócios do Vitória já desesperavam com o 0-0, com o relógio que teimava em correr e com os jogadores do Guimarães constantemente no chão, Igor vai à linha de fundo e salva uma bola que parecia perdida, centrando-a para a àrea onde um defesa a alivia para a frente, justamente para a zona onde aparece o franzino Ricardo Chaves, que pelo segundo jogo consecutivo, desfere um pontapé violento, desta feita com o pé canhoto ( o direito), com tal violência que o esférico só parou no fundo das malhas à guarda de Palatsi, depois de ainda ter batido num defesa.

O Bonfim quase que vinha a baixo. Os milhares que se deslocaram ao estádio explodiram de alegria e viam premiado e retribuído, o apoio e carinho que ao longo de 80 minutos transmitiam à sua equipa.
Diga-se que até final foi emoção a rodos, ora o Guimarães que bombeava bolas para a área sadina na esperança de ter sorte e que foi conquistando alguns cantos, ora o Vitória de Setúbal que desferia venenosos e quase letais contra ataques que Jorginho e Manuel José, escandalosamente não converteram.

Quando o ábitro Nuno Almeida apitou pela última vez, nas bancadas milhares abraçavam-se, vitoriavam os atletas e comemoraram um feito que não se via no Bonfim há mais de 30 anos. Desde os tempos de Jota Jota...

Na semana que antecede a primeira visita do Vitória à nova Luz, o primeiro lugar é sem dúvida uma bonita forma que o Vitória encontrou para homenagear o seu Rei.

Spry

Poema ao JJ

Mais uma bonita homenagem que o Miguel, "rebelde" poeta setubalense, resolveu fazer ao já saudoso Príncipe do Sado:

No dia 29 de Outubro
Setúbal acordou a chorar,
Ao saber que desaparecera
Quem em tempos, nos fez vibrar

Os seus dribles serpentinos
E as simulações magistrais,
Fizeram levantar Estádios
Portugueses e Mundiais...

Com o 11 na camisola
E um pé esquerdo estonteante,
J.J. foi a figura
De uma equipa entusiasmante

Dava pena ver defesas
Arrastarem-se pelo chão,
Sempre que tinham pla frente
O Enorme Jacinto João !!!

Onde quer que tu te encontres,
Ficarás sempre na História
Esta cidade agradece-te
O que fizeste pelo Vitória !!!

Obrigado Jota !!!

Miguel Aleixo (O Poeta Rebelde)

sexta-feira, outubro 29, 2004

O Vitória chora Jacinto João



O mítico J.J, faleceu esta madrugada em Setúbal, vítima de paragem cardíaca.
A dor, o luto e a consternação toldam os sentimentos de todos os vitorianos neste dia triste.
Quem viu e ouviu falar do Jota sabe que foi o mais virtuoso, entre muitos outros, de quantos envergaram a camisola do Vitória.

Neste dia triste o treinador de bancada associa-se ao luto vitoriano e em jeito de singela, mas sentida, homenagem recordo o que aqui escrevi há pouco mais de um ano:

Diz quem viu que se tivesse jogado num dos denominados grandes teria hoje o país a seus pés. Cresci como vitoriano habituado a ouvir falar dele, das suas fintas, do seu drible estonteante, do pé esquerdo mais habilidoso que jamais pisou os relvados portugueses, dos adversários prostrados no chão dominados, vencidos perante o perfume, a sagacidade e a magia do seu futebol.
Falo-vos da pérola africana Jacinto João, conhecido no futebol e no Vitória como " J.J.".
Não vi jogar Eusébio, não vi jogar Pelé nem Beckenbauer, não vi o Puskas nem o Garrincha, mas se hoje pudesse escolher e me fosse dada a oportunidade de regressar ao passado e disfrutar das maravilhas de um futebolista, a minha eleição recaía sem dúvida no Jacinto João.O seu pé esquerdo e o drible desconcertante granjearam-lhe a admiração de uma inteira massa associativa e não só, pois muitos eram os adeptos de outros clubes da capital, que ao Domingo à tarde rumavam a sul unicamente para verem jogar o Vitória de Jota Jota.Entre muitas e muitas tardes de glória que conheceu com o emblema do Vitória, a que mais está guardada na memória colectiva dos sócios e adeptos do Vitória é sem dúvida a da conquista da Taça de Portugal frente à Associação Académica de Coimbra:
Dia 9 de Julho de 1967. Local: Estádio Nacional. O Jamor rebentava pelas costuras, o negro das capas coimbrãs rivalizava com o verde e branco das gentes sadinas. Uma magnífica tarde de sol, temperatura elevada, ânimos ao rubro. Frente a frente dois porta estandartes, dois gigantes do futebol português. Ambos os emblemas portadores de uma responsabilidade elevada. O Vitória emblema de toda uma cidade e a Académica senhora do coração dos estudantes da Academia.Chegaram ambas à grande final, com inteira justiça tendo a Académica eliminado o Benfica nos quartos de final depois de 2-0 no Calhabé e de uma derrota na Luz por 2-1 e suplantado nas meias o Braga por uns convincentes 1-2 e 4-1 fora e em casa respectivamente. Por sua vez o Vitória deparou-se-lhe como adversário o F.C. Porto que despachou superiormente com 3-0 no Bonfim e um claro 4-4 em pleno estádio das Antas.Do lado do Vitória, treinado pelo saudoso Fernando Vaz, alinharam:Vital, Conceição, Leiria, Herculano e Manuel Santos " Carriço"; Tomé e Vitor Batista: Guerreiro, José Maria, José Pereira "Pedras" e Jacinto João "J.J."os marcadores pelo Vitória foram: José Maria, Guerreiro e Jota Jota.Do lado da briosa Associação Académica Toni e Vieira Nunes sobressaíram, sendo os golos apontados por Celestino e Ernesto.Foi, das 8 ( oito ), em que o Vitória esteve presente, talvez a que mais tocou a alma vitoriana, como diz Madureira Lopes, " quiçá, pela atmosfera fervilhante que a envolveu e pelas circunstâncias dramáticas em que o triunfo do Vitória foi conseguido: já o sol empalidecia no Estádio do Jamor, após uma maratona inesquecível que durou longos e duros 144 minutos disputados sob o calor impiedoso do mês de Julho, quando Jota Jota apontou o golo mágico da vitória, arrancando brados de esfusiante alegria entre os sadinos e lágrimas doloridas aos olhos dos estudantes""FOI UMA AUTÊNTICA LOUCURA!!!" disse Jacinto João após o memorável jogo, " Aquilo foi a maior maratona do futebol português, uma Taça disputada em dois prolongamentos seguidos! Já quase todos se arrastavam pelo relvado" conta Jota Jota e prossegue: " recebi um passe de José Maria sobre o meu lado esquerdo, passei Celestino e vi que Crispim não aguentou a minha escapada e caiu no relvado a queixar-se de cãibras. Fui na direcção de Maló, enganei o grande guarda-redes, rematando para o lado contrário onde lhe apareci. Com aquele golo, mesmo, mesmo no fim do segundo prolongamento de meia hora, a Taça era nossa. Foi uma autêntica loucura!!!", disse.
Foi a consagração merecidíssima de um extremo esquerdo desconcertante, que Vítor Santos, jornalista do Jornal A Bola e chefe de redacção na altura do acontecimento, diria que personificava como mais ninguém a beleza e o enleio do " Futebol-Macumba"

Até sempre Jota Jota, viverás para sempre nos nossos corações!



Spry


quinta-feira, outubro 28, 2004

Depois da excelente exibição e da saborosa vitória conquistada em Braga, frente ao Sporting local, o Vitória de Setúbal continuou hoje na senda dos triunfos, desta feita para a Taça de Portugal, frente ao conjunto do Pedras Rubras.

Foi uma partida disputada no Estádio do Bonfim e que valeu essencialmente pelos 2 golos marcados. De assinalar a estreia a marcar do Bruno Moraes após assistência de João Paulo Brito.

Respira-se tranquilamente nos lados do Bonfim, por um lado a senda vitoriosa da Super Liga, conjugada com a (aparente?) tranquilidade a nível salarial faz com que os índices de confiança de atletas, dirigentes e adeptos estejam nos píncaros e todos esperamos que se mantenha o bom caminho até final da época.

No que diz respeito ao futebol formação destaque para a equipa de juniores do Vitória, que paulatinamente retoma o bom caminho, tendo este fim de semana presenteado "Os Belenenses" no Restelo, com um esclarecedor 3-1. Retenham um nome que ainda muito vai dar que falar no mundo vitoriano e nacional: Besugo, é um craque e é do Vitória.

Na modalidade de futsal, que este ano no Vitória disputa a 2ª Divisão nacional, depois de derrotados na primeira jornada, a equipa somou 2 triunfos consecutivos e viu-se este fim de semana derrotada no Antoine Velge por 4-5 com o "os Belenenses", com muitas queixas dos adeptos e atletas da dupla de arbitragem. O Presidente dos azuis do Restelo foi espectador atento nas bancadas do pavilhão sadino.

Na modalidade Andebol, o horizonte continua negro para o futuro da modalidade. Num momento em que o impasse quanto ao início da competição se mantém, as equipas da Liga Profissional procuram manter a forma e foi o que fizeram este fim de semana em Águeda, o Académico local, o ABC, o FC Porto e o Vitória FC.
O Vitória depois de vencer no Sábado a formação de Àgueda por 24-26, jogou no Domingo a final contra o FC Porto e segundo rezam as crónicas, terá dado indicações muito positivas quanto ao valor desta equipa. Recorde-se que o Vitória jogou toda a segunda parte privado de 2 dos seus jogadores mais influentes, Bolotskikh e Boris Zarkovic ( choque involuntário que os obrigou a deslocar ao hospital para sutura) .
O resultado de 32-26 favorável ao Porto não espelha aquilo que foi a partida, sendo que a 5 minutos do fim da partida o Vitória esteve quase a empatar o jogo.
Só nos resta esperar que o Sr. Luís Santos e o Dr. Nogueira se sentem à mesa e que, nem que seja à chapada, resolvam este assunto que envergonha a modalidade e o País.

Esperemos que o fim de semana prolongado seja sinónimo do prolongar dos bons resultados no mundo vitoriano.

Saudações Vitorianas
Spry

terça-feira, outubro 19, 2004

Árdua e Briosa Vitória

O clássico do futebol português, é certo já sem a magia de outros tempos, Vitória de Setúbal-Académica, encerrou ontem a 6ª jornada do campeonato maior do futebol nacional.
Foi uma partida disputada num momento em que o futebol português vive um período verdadeiramente Dantesco, recorde-se o " Vá-se Foder" de Scolari na passada Quarta-Feira, a inenarrável conferência de imprensa de Luís Campos 20 minutos após o Gil ter perdido com o Braga e o lavar de roupa suja, que envergonhou o País e que terá surpreendido alguns quanto ao nível dos intervenientes, verificado no Domingo à noite na sala de imprensa da Luz.
A nível interno a semana vitoriana foi também sobressaltada, depois de o atleta Bruno Ribeiro ter proferido declarações inadmissíveis e indesculpáveis, porque prejudiciais dos interesses do Vitória, a diversos orgãos de comunicação social.

Foi pois num momento bastante tenso do futebol português que o Vitória recebeu a Briosa.
Segunda Feira à noite de chuva e frio, cenário nas bancadas do Bonfim desolador no início do encontro, não mais de 2000 espectadores para assistirem ao encontro que poria o Vitória isolado no 5º lugar da classificação.

Na verdade, assistimos ontem no Bonfim a uma desinteressante partida de futebol, onde o Vitória sem deslumbrar trabalhou o suficiente para ganhar e a Académica estudou apenas para não perder.

Na primeira parte a monotonia só foi quebrada por alguns rasgos de Jorginho e por uma flagrante perdida de Manuel José, que rematou a rasar o poste com Pedro Roma fora do lance.
Na verdade a Académica foi praticamente inexistente, limitando-se exclusivamente a defender o 0-0. O meio campo do Vitória de Zé Couceiro ( Sandro - Ricardo Chaves) lutador, recuperador, destruidor, revela-se, insuficiente para produzir o caudal de jogo ofensivo que este tipo de jogos no Bonfim requerem e a que fomos habituados por mais de 20 anos de Hélio. E por isso ao intervalo só podia registar-se o nulo no marcador.

No segundo tempo a tacanhez competitiva da Académica só lhes permitia defender, Couceiro tirou um defesa e colocou em campo mais um homem de ataque, Igor, mas os homens do meio campo continuavam em não conseguir proporcionar aos homens da frente momentos para golo.
Foi justamente um defesa, Nandinho, que na melhor jogada da noite, numa incursão pela esquerda fez tudo bem e serviu Sandro, que no coração da área atirou contra um defesa, quando tinhaa baliza completamente à mercê, momentos depois, de num lance idêntico, ter atirado por cima.

O cronómetro avancava e o marcador não funcionava, muito por culpa de Pedro Roma que manteve um "diálogo" particular com Jorginho, negando-lhe por três vezes o golo, com defesas monstras a remates de fora da área do craque brasileiro.

A dez minutos do fim, Paulo Adriano mete as mãos pelos pés em plena área e o fiscal de linha, atento, assinala grande penalidade favorável ao Vitória. Albert Meyong apontou e facturou, colocando justiça no marcador.

Foi a explosão de alegria no Bonfim, onde os sócios do Vitória comemoraram efusivamente mais um golo do camaronês, que se colocou tal como Jorginho e Zé Rui, no grupo dos mais concretizadores goleadores do Vitória.
Até final a Académica correu atrás do prejuízo e o Vitória e seus adeptos ainda sofreram até ao apito final de Augusto Duarte, mas Marco Tábuas e a defensiva liderada por Veríssimo, uma bela estreia, e Hugo Alcântara revelaram-se inultrapassáveis.

Depois da regularização salarial com os profissionais de futebol, que aconteceu momentos antes da partida, depois de uma vitória contra um concorrente directo que nos catapulta neste momento para um honroso 5º lugar , estou em crer que, sem perder a noção da realidade e das dificuldades, podemos esboçar um sorriso de esperança e de convicção num amanhã vitoriano cada vez melhor.

Saudações Vitorianas
Spry

quarta-feira, outubro 13, 2004

Quase cinco meses depois da convocatória de Luis Felipe Scolari para a aventura futebolística das nossas vidas, a equipa do treinador de bancada decide terminar as férias.

Vivemos, disfrutámos e emocionámo-nos com o Euro 2004, nos estádios, nas cidades, nos bares, nas esplanadas, nas ruas, nas janelas.
Rimos e chorámos nos jogos de Portugal. Vibrámos até final e chorámos a 4 de Julho... por não sermos campeões da Europa, por terem sido os gregos e o anti-futebol a ganhar, por termos perdido a Final, pelo Euro ter chegado ao fim e por termos de aguentar com um ex-presidente do Sporting à frente dos destinos do País.

Nestes cinco meses comemorámos intensamente a subida de divisão do Vitória, roemos as unhas para saber as novidades do defeso e deliciámo-nos com o início de campeonato do Vitória setubalense e com as magníficas exibições de Jorginho& Cia.
Repensámos, durante este nosso largo defeso, e passado pouco mais que um ano do nascimento deste blog, se as razões que nos levaram a dar-lhe vida se mantinham.
Chegámos à conclusão que sim, vale a pena continuar.
Por um lado o nosso gosto pela escrita, pelo fenómeno desportivo e pelo futebol em particular são motivo mais do que suficiente para que o façamos.
Depois, dado o panorama actual da blogosfera desportiva portuguesa avassaladoramente dominada por jornalistas lagartos, portistas e lampiões que mais não fazem do que seguir a lógica comprometida do futebol português onde só os grandes contam, só os jogos dos grandes existem, só Benfica, Porto e Sporting interessa vender, entendemos que é preciso ajudar a inverter a lógica, sendo acutilante e incisivo na denúncia de muitos dos compadrios do futebol português.
Porque somos sócios e adeptos de um clube que não é grande, é enorme e porque queremos e temos forças para remar contra a maré, porque o panorama vitoriano na internet, em termos de opinião e informação também não é o melhor, achamos que podemos continuar a desempenhar um papel importante na vida cibernauta vitoriana e na comunidade bloguista desportiva nacional.
O Treinador de Bancada foi o primeiro blog assumidamente vitoriano a nascer na blogosfera. Também por isso e porque queremos contrariar os que previam o nosso desaparecimento a curto prazo, é com muito agrado e renovadas energias que anunciamos o nosso regresso.
Saudações Vitorianas
Roger Spry & Malcolm Allison

terça-feira, maio 18, 2004

Os 23 da nossa Selecção

Aqui fica a convocatória acabadinha de ser anunciada:
-Quim, Moreira e Ricardo
-Fernando Couto, Jorge Andrade, Miguel, Nuno Valente, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Beto e Rui Jorge
-Deco, Petit, Costinha, Maniche, Rui Costa, Tiago, Cristiano Ronaldo, Hélder Postiga, Figo, Nuno Gomes, Pauleta e Simão Sabrosa

A partir de hoje e até, esperemos, ao dia 4 de Julho estes são os melhores do mundo e os portadores dos nossos sonhos e ilusões.

Como diria o "Bom Gigante": Deixem-nos sonhar!!!
Boa Sorte Portugal!!!
Spry

sexta-feira, maio 14, 2004

Poema ao Vitória

Para além de muito dedicados ao seu clube do coração, muitos sócios do Vitória têm também alma de poeta. E que regalo quando decidem por a sua veia artística ao serviço do Vitória.

Aqui fica mais um exemplo:

"Vitória Futebol Clube
De gente humilde, sem vaidade
Vitória, Vitória
És símbolo da Cidade
Vitória, Vitória
Venceste na Figueira da Foz
Vitória, Vitória
Que alegria destes a nós
Vitória, Vitória
Entoamos tua cantiga
Vitória, Vitória
De novo na Super Liga
Vitória, Vitória, Vitória

Setúbal, 3 de Maio de 2004
Florival Carmo
Sócio V.F.C 2417"

Spry

quinta-feira, maio 13, 2004

Ora toma que já almoçaste!
Spry

quarta-feira, maio 12, 2004

Com a cabeça na SuperLiga

Após uma semana, vivida na ressaca da conquista de um lugar na SuperLiga 2004/2005, vivemos no Domingo um dia importante e simbólico para o Vitória de Setúbal.
Na verdade, o jogo contra o Feirense foi o último de uma época difícil, sofrida e angustiante para os que vivem e sentem de perto o Vitória Futebol Clube.

Os principais objectivos foram há uma semana atrás atingidos, e por isso, o jogo era de festa e de homenagem aos responsáveis pelo alcançar do tão ansiado desiderato.
No Bonfim o movimento começou faltavam ainda algumas horas para o apito inicial do árbitro. Setúbal e os adeptos do Vitória quiseram marcar presença e deram ao Bonfim um arzinho já de SuperLiga, com uma assistência que terá rondado as 12 mil pessoas.

O jogo foi fraco. Mas poucos, excepcionalmente, se queixaram. O dia era de comunhão vitoriana, era de alegria e quem foi ao futebol, pouco mais exigiu do que apenas a vitória.

O Vitória jogou com o onze habitual dos últimos jogos e teve de ser muito paciente e inteligente na forma como abordou a partida, de modo a poder conquistar os 3 pontos. O Feirense, também já com as contas arrumadas, pouco mais fez do que defender com onze e "sonhar" ser feliz. E não foi porque o Vitória não o permitiu. Como se impunha o Vitória pegou no jogo, mas a desinspiração de Meyong e da esmagadora maioria dos jogadores do Vitória não permitiram que o resultado tivesse sido mais dilatado.
As excepções na equipa do Vitória foram o capitão Hélio e Jorginho. Este, sempre que tocava na bola, empolgava as bancadas, fazia as delícias dos adeptos e lançava o pânico na defensiva dos comandados de Chaló.

Foi justamente, decorriam 15 minutos no segundo tempo, numa jogada entre Hélio e Jorginho que nasceu o primeiro e único golo do Vitória. Hélio, bem dentro do seu meio campo, vislumbra a desmarcação de Jorginho e com um passe monumental coloca-lhe a bola "en su sitio" e o brasileiro não o desaproveitou, desferindo um remate traiçoeiro, que levou o esférico a embater no poste e só depois a viajar para o fundo das malhas.
No Bonfim, os adeptos vibraram e quem sabe pela última vez, aplaudiram um golo do craque brasileiro.
Até final, foi gerir a vantagem e esperar pelo apito que punha ponto final, esperamos todos que para sempre, na participação do Vitória na liga secundária do futebol português.

O fim do jogo, que os sócios pretendiam que fosse de festa, soou mais a despedidas que a festa propriamente dita. Com efeito, os jogadores no final agradeceram ao público, tal e qual como nos outros jogos, acenaram e desceram aos balneários, para incredulidade de muitos que esperavam por algo mais nas bancadas do Bonfim.

Quanto a mim, depois dos festejos de Domingo e de toda a celebração, pouco mais haveria a festejar. Não nos podemos esquecer que o nosso clube se chama Vitória Futebol Clube e que conquistámos o 2º lugar na Liga de Honra. A semana passada celebrámos e festejámos de alívio e com o sentimento de que havia sido feita justiça, mas não podemos, nem devemos, em meu entender, vulgarizar e aumentar a dimensão do que foi conseguido, pois um clube como o VFC não pode constantemente andar a celebrar e a ter subidas de divisão como pretexto para festas.

Carlos Carvalhal provou que foi a escolha certa para devolver ao Vitória o seu lugar de direito. Poderia tê-lo feito mais cedo, pois tinha claramente o melhor plantel do campeonato, dirão alguns, poderia ter utilizado mais assídua e regularmente os jovens da cantera vitoriana, dirão outros.
O que importa é que no essencial correspondeu ao que lhe foi pedido e cumpriu o prometido e esse é o registo que fica para a história.
Saberá o Zé recompensá-lo pelo jeito que fez ao seu clube de coração? Em breve terão a resposta.

Em Setúbal espera-se a todo momento pelo nome do novo timoneiro da nau sadina e aguardam-se com impaciência os nomes dos craques que virão reforçar o plantel.

Espero que as escolhas se revelem as acertadas para honrarem e prestigiarem a camisola do clube, pois quando chegarem serão para mim os melhores do mundo.
Spry

terça-feira, maio 11, 2004

Vitória vence Grupo B

Depois de um campeonato atribulado, azarado e dirão alguns,mal planeado, a equipa de andebol do Vitória fez das tripas coração e arrancou no passado Sábado uma saborosa e difícil vitória frente ao A.C Fafe (26-25) que lhe permitiu conquistar o primeiro lugar do grupo B da Liga Profissional de Andebol.

Falhado o principal objectivo da época, a classificação nos seis primeiros lugares, foi sem dúvida meritório e honroso para o clube, a prestação e o comportamento dos profissionais do Vitória,no último terço do campeonato, que tudo fizeram para apagar a má imagem deixada nalguns jogos da fase regular.

Destaque para o regresso à competição, ainda que só a defender, do checo Milan Sthor, depois de complicado e penoso processo de convalescença da arreliadora enfermidade que o atingiu.

Esta época ainda falta disputar a Taça de Portugal, prova na qual o Vitória ainda marca presença e na qual o clube e os seus responsáveis ainda depositam esperanças que permitam ao Vitória honrar o 3º lugar da época transacta com um brilharete na segunda prova mais importante do andebol nacional.

Saudações Vitorianas
Spry

quinta-feira, maio 06, 2004

Sentimentos

Nos últimos dias tenho-me apercebido de sentimentos que pensava inatingíveis.
Apesar de muitos pensarem o contrário, tenho hoje a certeza que o futebol não é o ópio do povo.
Quando se diz que os feitos desportivos aumentam a auto-estima dos portugueses, é a mais pura das mentiras.
Quando o indivíduo não está bem, não está feliz ou está privado de algo importante para a sua existência não são os resultados desportivos que o animam.
Sinto precisamente o contrário.
A alegria, a tristeza, a angústia, só fazem sentido quando partilhadas com as pessoas que mais amamos.
Um abraço.
Alisson

quarta-feira, maio 05, 2004

Final de época simpático

Está a ser um final de época, longe de glorioso ou mesmo vitorioso, mas que poderemos adjectivar de no mínimo simpático.

Se relativamente à equipa de futebol todos respiramos aliviados com a conquista do regresso ao escalão máximo do futebol nacional, no Futsal os horizontes também deixam adivinhar uma subida à 2ª Divisão Nacional. No que respeita a esta modalidade, que se prevê de grande crescimento a nível do País e que grandes esperanças esconde na massa associativa do Vitória, esperemos que na liguilha, disputada entre o VFC, a Académica de Coimbra e o Valadares, os setubalenses saiam triunfandores e ascendam ao escalão seguinte.

No Andebol, depois de uma época áquem das expectativas e dos objectivos traçados, o Vitória joga no próximo Sábado pelas 17h00 no Antoine Velge a liderança do Grupo B com o A.C. Fafe, depois de uma brilhante vitória (22-23) em Almada, a semana passada frente ao Ginásio do Sul.
Após a difícil e conturbada época para os pupilos do Prof. Luís Monteiro, não deixará de ser recompensador e altamente moralizador terminar o campeonato com uma vitória e com o 1º lugar do Grupo B. Não esqueçamos que esta época ainda falta a Taça de Portugal e os andebolistas vitorianos não escondem a vontade em limpar a má classificação do campeonato, com um brilharete na prova secundária do andebol português.

No panorama das outras modalidades destaque para os títulos nacionais obtidos pela ginástica e para o apuramento do judoca André Martins para o Europeu da sua categoria.

Com um futuro ainda algo incerto pela frente para a Instituição Vitória Futebol Clube, o valor, a arte, o engenho e o espírito de vitorianismo dos garbosos atletas do Vitória, ainda vão permitindo alguns motivos para sorrir aos sócios deste afamado e respeitado emblema.

Saudações Vitorianas
Spry

€€JACKPOT€€

€1000€1500€
Eram estes os números mágicos, os números que o destino quis entrelaçar com o bilhete dourado do acesso do FCP à final da Liga dos Campeões.
Quiseram os números da fortuna que o jogo 1000 de uma equipa portuguesa nas competições da UEFA e o golo 1500 marcado por equipas portuguesas, valessem o carimbo no passaporte para Gelsenkirchen.

Como portugueses não podíamos deixar de rejubilar com tal feito, numa competição feita à medida dos ricos e dos poderosos do resto da Europa, e como setubalense e vitoriano não posso deixar de me sentir orgulhoso e sinceramente feliz, por José Mourinho, sócio e adepto do Vitória FC há mais de 40 anos, ter podido demonstrar à Europa e ao Mundo que é o melhor treinador europeu do ano e o mais cobiçado treinador da actualidade. Não posso deixar de sentir orgulho como vitoriano ao ver tantas caras, que noutros momentos deram o seu exemplar contributo ao serviço do Vitória como: Mourinho, Silvino Louro, Marco Ferreira, Ricardo Carvalho e o inesquecível Paulo Ferreira, ao comemorarem um feito, que numa era pós Bosman é algo de verdadeiramente transcendental para uma equipa portuguesa.

Pelos préstimos prestados ao futebol português e ao País, os meus Parabéns, o meu obrigado e votos de sucesso no próximo 26 de Maio.
Spry

terça-feira, maio 04, 2004

Batalha Naval, Varzim ao fundo

Começou cedinho o dia "D" para a armada vitoriana.
O desembarque das tropas sadinas no areal da Figueira da Foz teve início por volta do meio da manhã.
À medida que iamos chegando à Figueira da Foz, o cenário era de arrepiar: por tudo o que era sítio se viam famílias de branco e verde trajadas, os automóveis decorados a rigor espalhados por todas as artérias e recantos da cidade, cafés e restaurantes apinhados de setubalenses e vitorianos, piqueniques na praia com fogareiros, a bela esquilha e os indispensáveis garrafões de 5 lts, tudo isto pincelado de verde e branco, num cenário e ambiente que só quem lá esteve é que acredita. Jovens e velhos, ricos e pobres, homens e mulheres, todos comungando do mesmo ideal, todos unidos pelo mesmo emblema: o do Vitória Futebol Clube, maior embaixador da cidade à beira Sado nascida.

Após uma chegada à Figueira arrepiante, ultrapassadas as primeiras emoções do dia e após um farto e bem regado repasto, com o Mondego como companheiro, a fazer lembrar o Sado, chegava a hora de nos encaminharmos para o Estádio.

Entre o staff vitoriano a confiança reinava e a sensação de alívio nos rostos de alguns dos dirigentes era já evidente. Carlos Carvalhal, bem disposto, com um ar sereno, patenteava confiança e tranquilidade. Entre os atletas a concentração e confiança que se podia ler nos olhos dos jogadores, não deixaram dúvidas. A festa da subida seria no Municipal Bento Pessoa.

Nas bancadas também não havia dúvidas. Com um ambiente e uma atmosfera fantásticas, os adeptos do Vitória encheram por completo a superior, parte da central e tiveram a primeira grande demonstração de carinho quando os jogadores sairam para aquecimento.

Pedro Proença, o tal que antes dos jogos se besunta com gel, nunca apitara uma vitória do Vitória. Vaidoso e protagonista, durante o aquecimento respondia com acenos e sorrisos para a torcida vitoriana, com os aplausos e os insultos que lhe eram dirigidos pelos adeptos do Vitória.

Às 16h00 em ponto de uma tarde quente, e que viria a revelar-se histórica, o jogo, o ataque começara.
O Vitória entrou decidido a ganhar o jogo e a fazê-lo cedo, enquanto a Naval 1º de Maio entrou decidida a evitar a festa no seu quintal. Porém, na primeira parte só deu Vitória e por culpa dos comandados de Carlos Carvalhal, que, não dando a mínima hipótese aos médios navalistas de colocarem a bola no ataque com perigo, muito por culpa dos enormes pulmões de Sandro e Zé Pedro, delineavam e desferiam bem desenhados ataques, (o triângulo Hélio, Jorginho e Meyong foram uma constante dor de cabeça para a Naval) que só por infortunado acaso não permitiram ao Vitória inaugurar mais cedo o marcador.

Seria o minuto 38 que ficaria guardado para sempre no álbum de memórias e no livro da História do Vitória. Sandro perde, infantilmente a bola no meio campo e com um querer, uma força e uma coragem enormes, volta a recuperá-la de forma espectacular, endossa-a a Hélio, que como se munido de régua e esquadro, faz uma abertura de génio, na esquerda para Meyong. O camaronês esguio e veloz arranca para a linha e centra com precisão, rasteiro para o coração da área onde aparece Jorginho, que tapado por um adversário e num rasgo de magia ilude o seu oponente saltando por cima da bola, deixando-a ir parar direitinha a Manuel José, que solto de marcação se deparou a escassos metros da baliza, apenas com o guardião pela frente e atirou a contar para o Vitória. Estava feito o golo que recolocava o Vitória no escalão maior do futebol português.

Os adeptos gritaram golo das profundezas da alma e a euforia reinante contagiava toda a gente que a testemunhava. Homens e mulheres beijavam-se, amigos abraçavam-se, crianças atiradas ao ar e todos gritavam: VITÓRIA!! VITÓRIA! VITÓRIA!

Na segunda parte a euforia reinante dos adeptos não contagiou os jogadores, que tiveram até final de se manter altamente concentrados e empenhados, para fazer face à ofensiva dos homens da Naval que se mostraram bastante determinados a estragar a festa aos milhares que viajaram de Setúbal.

Fruto de uma linha atacante rápida, os comandados de Guto Ferreira ( ausente no Brasil), não deram, durante quase toda a segunda parte, descanso à defensiva vitoriana, provocando calafrios e valentes sustos aos cardiacamente debilitados adeptos setubalenses.
O Vitória, apesar de atento às investidas contrárias junto da baliza de Tigrão, nunca se retraiu e continuou na busca do golo da confirmação, que esteve perto por várias ocasiões. Bruno Ribeiro após boa combinação com um colega desfere um remate forte, que esbarra na base do poste da baliza de Dany. Na resposta, Oliveira, avançado possante, acabadinho de entrar, proporciona a Roberto " Tigrão" a defesa da tarde. Zé Pedro, já perto do final, ainda ameaçou marcar, com um fantástico remate de longe que saiu por cima, a rasar a barra, causou a última sensação de golo entre a comitiva vitoriana.
A vitória dos de verde e branco não merece contestação, mas louve-se a postura da Naval 1º de Maio, que tudo fazendo para não perder o jogo, só dignificou, valorizou e engrandeceu o esforço, a importância e a qualidade da vitória do nosso Vitória.

Decorridos os 4 minutos de compensação, Pedro Proença finalmente apitou e o Vitória podia então festejar e celebrar o merecido regresso ao convívio dos grandes, donde canalhamente fora arredado na época transacta.
No relvado, os jogadores do Vitória rejubilavam. Uns ajoelhados de mãos na cara, outros de mãos para o céu, alguns saltavam e pulavam de esfusiante alegria, abraçando-se e beijando-se, comemorando o triunfo como lhes mandava o sentimento.
Nas bancadas, a explosão, no momento do apito final, fez-se ouvir até à praia. Homens e mulheres, míudos e graúdos empunhavam, acenando, os seus cachecois e bandeiras, gritando a plenos pulmões "Vitória! Vitória!", ao mesmo tempo que lhes rolavam pela face lágrimas de inenarrável felicidade.
No relvado, técnico, dirigentes, atletas, staff médico, roupeiros abraçados, vinham comemorar e celebrar para junto dos milhares de adeptos, genuinamente felizes e contentes.
Foi uma festa bonita, a que foi feita nas bancadas do Municipal Bento Pessoa, ontem transformado em Estádio do Bonfim, por parte dos adeptos sadinos, onde, os que tivemos o privilégio de testemunhar esta subida, durante os gritos de Vitória! Vitória!, quando as lágrimas teimavam em cair, quando se vitoriavam os vencedores, não deixámos de fazer o balanço desta sofrida época para a família vitoriana, todos os obstáculos e provas que se nos depararam, todas as adversidades ultrapassadas, e concluir que valeu a pena acreditar, quando muitos deixaram de o fazer, valeu a pena incentivar, valeu a pena ser sempre só do Vitória, valeu a pena crer na força da família vitoriana, valeu a pena acreditar nos homens e mulheres que no dia a dia dão o seu melhor pelo clube.
Vale a pena ser do Vitória e foi isso que ontem, vi estampado nos rostos das crianças, que com ar triunfante e orgulhoso envergavam as vestes do Vitória Futebol Clube.

Finda a festa no Bento Pessoa, o impressionante mar de gente que pintava, de verde e branco, toda a alameda circundante ao estádio, reavivou seguramente muitas memórias de outras deslocações históricas do Vitória.
Até Setúbal, foi pintar a A1 com as cores e os símbolos do VFC e desaguar na Praça do Bocage, onde a cidade em festa há muito já esperava pela chegada da comitiva.
Já passava das dez da noite, quando, para júbilo dos milhares presentes e em completo delírio, o autocarro, transportando os jogadores e dirigentes se acercou das portas do Município, debaixo do coro de Vitória! Vitória!

Na varanda da edilidade setubalense, os jogadores e técnicos tiveram oportunidade de saudar os largos milhares que inundaram a Praça do Bocage e disfrutaram seguramente de uma manifestação de carinho, que para sempre perdurará nas suas memórias.

Usaram da palavra o Presidente do Município, Carlos Sousa, que saudou e parabenizou o Vitória e a cidade pelo merecida promoção, o capitão Hélio, que dedicou a subida aos adeptos e colegas de equipa num discurso sempre mais sentido, que correcto, Carlos Carvalhal confirmou que esta fantástica massa adepta faz do Vitória um dos grandes e deixou agradecimentos aos seus jogadores, administradores e ao Presidente da Assembleia Geral pelo inexcedível apoio prestado e deixou no ar um cheirinho a despedida. A terminar o Presidente do Vitória, Chumbita Nunes congratulou-se por sempre ter tido razão ao longo das escolhas feitas durante a época e revelava-se particularmente feliz, com o cumprimento de uma promessa eleitoral fulcral: " Unir o Vitória e os vitorianos".

Pela noite fora, os festejos prolongaram-se pelos bares de toda a cidade, com os jogadores, dirigentes e adeptos a conviverem até altas horas da madrugada no bar de um conhecido vitoriano, depois de magnânimo e animado jantar no amigo Teixeira.

O Vitória está unido, está no lugar que lhe pertence por direito e que, novamente, com muito sangue, suor e lágrimas, teve de o provar nos relvados, dando assim ao futebol português e ao País, em ano de Euro2004, a demonstração cabal que em Setúbal e no Vitória, por muito que nos empurrem, por muito que nos tentem derrubar, jamais nos vergarão. E a lição espero que esteja definitivamente dada.

Na próxima semana será o último jogo da época, a missão está cumprida e espera-se casa cheia para a grande festa vitoriana, que servirá de verdadeira consagração de um grupo de trabalho, que apesar de tudo, cumpriu, no essencial, os objectivos delineados no início da época.

Primeiro celebrar e festejar esta merecida vitória e depois, com serenidade e muito apoio, preparar as condições e estabelecer as fundações que permitam ao Vitória nunca mais ter de passar por tão penosa estadia no escalão secundário.

A todos os que tornaram possível a subida de divisão e a todos os que sentem o Vitória como seu, os meus sinceros Parabéns e o meu mais profundo agradecimento.

Viva o Vitória
Spry

sexta-feira, abril 30, 2004

Não deixa de me surpreender cada vez mais, a forma como o Vitória é analisado, debatido e criticado em certos meios da sociedade setubalense.

Independentemente do partido, clube ou ideologia de cada um, e da legítima posição individual que cada um de nós tenhamos relativamente à promiscuidade, ao conluio e à pouca vergonha que são as relações entre autarquias e clubes e à forma cínica e hipócrita como os profissionais da política se aproveitam ou tentam aproveitar dos êxitos das equipas de futebol, não deixa de ser estranho, com tantas e tantas razões de queixa que os setubalenses têm, relativamente à pouca visibilidade e crescente diminuição de "peso" institucional da sua cidade no panorama nacional, que algumas pessoas, presumo que setubalenses, imbuídos de uma fúria e de uma raiva talvez parecida com a dos que no pós-Revolução ( com R), queriam aniquilar o clube, aproveitem boas notícias para o clube, e consequentemente também para a cidade, para dispararem com alarvidades, disparates e demagogia bacoca à moda do Paulinho das Feiras, contestarem uma das coisas que ainda vai contribuindo para levantar a nossa auto-estima e o orgulho em ser setubalense: O Glorioso Vitória Futebol Clube.

Sem dúvida fantástico este lindíssimo " Esta ansiedade que nos consome". Bravo Candeia e a resposta está dada.

De carro, a pé ou de bicicleta, Domingo lá estaremos.
Spry

quarta-feira, abril 28, 2004

"A 180 minutos do nosso lugar"

Vitoriano nasceu para sofrer. Era esta a frase mais ouvida no passado Domingo, no final da partida que opôs o Vitória sadino ao Sporting serrano. Defrontavam-se no
Bonfim o 3º e o último da classificação e uma vez mais a vitória aconteceu, não sem que a massa adepta tivesse de superar mais um valente susto.

Com o mesmo onze dos últimos jogos, que tão boa conta tem dado do recado, o
Vitória apostava tudo na vitória e na eventual subida, em caso de escorregadela do Varzim.
Assim não quis o destino, adiando por uma? semana a subida de divisão e a tão esperada e ansiada festa da dedicada massa associativa do Vitória. O Vitória venceu, com uma exibição pouco vistosa mas eficaz e o Varzim também logrou alcançar os 3 pontos, deixando os adeptos vitorianos a suspirar durante mais 8 dias.

A exibição da equipa vitoriana, ao contrário do que tem sucedido na maioria das vezes, não foi de encher o olho, não foi como a "Ópera" da semana passada, mas foi de garra, de sofrimento e de querer. A formação do Covilhã veio a Setúbal vender cara a derrota e como se não lhes fosse suficiente passar todo o jogo com 11 jogadores atrás da linha da bola, ainda tiveram a felicidade de, no único remate de todo o jogo, inaugurarem o marcador à passagem do quarto de hora, gelando o Estádio do Bonfim, numa tarde de sol abrasador.
Rui Andrade, num felicíssimo pontapé de ressaca, a uns bons 30 metros da baliza, iludiu Tigrão e colocou o já despromovido Sporting da Covilhã a vencer em casa do histórico Vitória.
Depois do 2-0 na Serra, alguns fantasmas pairaram, mas o dedicado incentivo das bancadas e a excelente saúde mental dos atletas do Vitória nunca permitiram duvidar que a vitória, cedo ou tarde, sorrisse aos sadinos.
O Vitória não se atrapalhou, os adeptos gritaram ainda mais pela equipa, os jogadores mantiveram-se serenos e a vitória acabou por surgir com toda a naturalidade.

Depois do 0-1, o vendaval de futebol de ataque só amainou depois de Meyong inventar o golo da igualdade, aos 35 minutos da etapa inicial.

A segunda parte trouxe Pascal e o Vitória na busca da reviravolta no marcador, que viria a acontecer, após um par de oportunidades desperdiçadas pelo nigeriano Pascal, por Zé Pedro, num fulminante pontapé após preciosa abertura de Jorginho.
Explodiram os adeptos, com alívio e sentida alegria. Zé Pedro, emprestado pelo Boavista, volta a ser determinante em mais uma partida onde a maestria de Hélio e o envolvente futebol do craque Jorginho voltaram a deliciar os que se deslocaram ao Bonfim.
De Chaves, um par de minutos antes, chegava a notícia do golo poveiro obtido por Costé e sabia-se, no Bonfim, que a festa fora adiada, pelo menos, uma semana.

No final, o composto Estádio do Bonfim despediu-se calorosa e efusivamente dos seus atletas, marcando encontro para dali a 8 dias na simpática Figueira da Foz, para uma vez mais, termos a possibilidade de celebrar uma subida de divisão, com a Naval 1º de Maio. Do Aprígio...

Saudações Vitorianas
Spry

quinta-feira, abril 22, 2004

Memórias

Pressionado por uns, desencorajado por outros, volto hoje a escrever neste blog que ajudei a fundar.
Tenho sido um leitor assiduo, mas a falta de tempo e motivação têm sido maiores do que a vontade em aqui voltar a escrever. Mas quiçá, a imagem de um qualquer major a fumar o seu charuto por detrás da porta de um tribunal deste Portugal, foi o estimulo que precisava.
O tema que vou focar hoje, para variar, é o VITÓRIA.
Quando penso no meu VITÓRIA lembro-me logo de Jorge Gomes, brasileiro, se a memória não me falha foi o primeiro estrangeiro a jogar no Benfica, cabeleira farta e estilo de ponta de lança alto e espadaudo mas moreno, por outras palavras posso descreve-lo como um cepo, que posteriormente viria a jogar no SC Braga. Muitos estarão agora a opinar sobre a minha sanidade mental, que diga-se em abono da verdade já ter passado por melhores dias, mas poucos saberão que o primeiro jogo que tive a honra de assistir no belissimo e afamado Estádio do Bonfim, foi um inesquecível VITÓRIA versus SC Braga, que diga-se em abono da verdade, que a unica coisa que me consigo recordar é dessa abécula do Jorge Gomes.
A verdade é esta.
Allison

segunda-feira, abril 19, 2004

Tarde de gala

Passo de gigante na caminhada para a tão ambicionada SuperLiga, foi o dado na tarde de ontem, em Matosinhos, frente ao Salgueiros. O Vitória fez uma das melhores exibições da época e esmagou o Salgueiros com uns expressivos 4-0.

Respira saúde este Vitória em final de época. Depois do abanão psicológico, causado com a derrota caseira com o Aves, a equipa de Carlos Carvalhal responde com 3 vitórias consecutivas, categóricas e indiscutíveis.
Coincidência, ou talvez não, este excelente momento da equipa coincide com o regresso de Hélio à titularidade, cujos números dão que pensar: 11 golos marcados e 2 sofridos!

Na tarde primaveril do Estádio do Mar, o Vitória cedo revelou as suas intenções, acercando-se sempre com perigo junto da baliza salgueirista, fruto de venenosos contra ataques quase sempre dos pés de Jorginho.
Roberto Tigrão, guarda redes vitoriano, teve uma tarde descansada, e sempre que foi necessário, correspondeu com segurança e acerto. Esteve sempre bem resguardado por uma defesa imperial, sólida e coesa, na qual Bruno Ribeiro foi o elemento mais determinado.

O Salgueiros, foi apenas, timidamente atrevido durante a toda a 1ª parte.
Fruto do maior domínio, dos de Setúbal, aos 42 minutos Mário Mendes, juíz de Coimbra, assinala um livre a uns bons 30 metros da baliza. Manuel José, o "puto" emprestado pelo Porto, dirige-se para o local da falta e exclama: Esta é minha! Com estilo de craque, ajeita a bola na relva, toma balanço, mira a baliza, respira fundo e dirige-se para o esférico. Com um remate perfeito, faz a bola sobrevoar a barreira e descrevendo um arco magnífico, aterra no fundo das malhas à guarda de Paulo Lopes.
Explodiu de contentamento o jovem internacional português, que correu em direcção ao banco e num sentido abraço a Carvalhal, mostrou-se grato pela confiança nele depoistada.
Era o 1-0 para o Vitória e o delírio na superior do Estádio do Mar.
A primeira parte, para além, da excelente atitude e postura dos atletas vitorianos, pouco mais teve a destacar.

A segunda parte foi melhor que ir à Ópera.
O irrequieto e combativo Jorginho, continua a proporcionar-nos momentos de rara beleza. Bem municiado pelos homens do meio campo, sobretudo por Zé Pedro e Hélio, foi um autêntico suplício para os defesas do Salgueiros.
Ao dobrar o quarto de hora da segunda parte, Carlos Carvalhal surpreende as hostes sadinas: faz sair o voluntarioso Manuel José e coloca Hugo Alcântara, defesa central, em campo.
Aos 20 minutos, Jorginho arranca vertiginosamente para o meio campo contrário, Zé Pedro acompanha-o e depois de uma combinação genial e diabólica, o centro campista luso desfere, à queima-roupa, depois de superiormente servido pelo génio brasileiro, um estoiro, que só podia dar o 2-0 para o Vitória. Zé Pedro, despiu a camisola e festejou com raiva e emoção, junto das largas centenas de adeptos sadinos. A vitória já não escapava, afiançava-se.

Em mais 20 minutos brilhantes o Vitória fechou as contas da partida.
Ao minuto 28, Zé Pedro bate o canto curto para Hélio, este coloca-a a jeito, novamente para Zé Pedro desferir um remate indefensável para o guardião salgueirista, tendo a bola embatido no poste, com violência, antes de se encaminhar para o fundo das redes.
Entre os adeptos o contentamento era notório. Uma faixa gigante era erguida: " A 270 minutos do nosso lugar".

A fechar as contas, decorridos 36 min, o inevitável Meyong, molhou a sopa e aproximou-se de Fábio na luta pelo melhor marcador. Bruno Ribeiro bombeia, para a defensiva contrária, os centrais salgueiristas atrapalham-se e depois de um ressalto feliz com a cabeça, Jorginho faz a bola embater no poste e ainda tem tempo, para, com maestria assistir Meyong que, de cabeça, marcou o seu 19º golo este campeonato.

No final, adeptos e jogadores fizeram a festa merecida e justa. Não a festa final de missão cumprida, essa, todos esperamos fazê-la na próxima semana, na recepção ao Covilhã.
Se o Varzim não ganhar em Chaves, somando o Vitória os 3 pontos frente ao Sporting da Covilhã no próximo Domingo, no Bonfim e matematicamente está garantida a promoção.

Vai ser uma tarde de grande comunhão vitoriana, de muita emoção e sentimento e seguramente, com milhares de ouvidos na transmontana cidade flaviense.
Se no próximo Domingo a equipa demonstrar o querer, a garra, a confiança e a atitude de ontem à tarde, vamos todos, de certeza absoluta, sorrir bastante.

Saudações Vitorianas
Spry

E muita coisa se decidiu...

Na verdade o fim de semana de decisões trouxe algumas novidades muito interessantes na vida desportiva do clube mais emblemático da cidade de Setúbal.
O Sábado vitoriano teve momentos antagónicos: se um por lado a desilusão e algumas lágrimas de tristeza e decepção se fizeram notar em Alcochete após a derrota dos juniores do Vitória frente ao Sporting (2-1, Zequinha), sensivelmente à mesma hora em Setúbal no Antoine Velge viviam-se momentos de euforia e de muita festa e alegria dos adeptos vitorianos. A equipa de Futsal acabara de arrebatar o segundo lugar ao Marinhais, vencendo difícil e brilhantemente por 3-2, conquistando assim o acesso à liguilha, com os 2ºs da Zona Norte e Centro, que apurará uma equipa para subir ao escalão secundário do futsal nacional.

Em Fafe, também no Sábado, os comandados de Luís Monteiro, não foram além de um empate, conquistado com muito suor e sofrimento, depois de recuperar de uma desvantagem ao início da 2ª parte de 5 golos. Destaques individuais para o guarda redes Ricardo Correia e Francisco Bacalhau com 10 golos. Apesar do pouco interesse competitivo desta fase do campeonato, a equipa permanece empenhada na luta pelo 7º lugar e pela conquista da Taça de Portugal.

No Domingo, em Matosinhos viveram-se momentos de grande intensidade e exultação vitoriana. Festival.
Spry