segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Varzim S.C-1-Vitória F.C.-2

Numa fria e chuvosa manhã dominical o Vitória de Setúbal foi ao terreno do 2º classificado conquistar uma importante e saborosa vitória frente aos comandados de Rogério Gonçalves.

Foi um triunfo claro, da melhor equipa, da formação mais adulta e consistente e da equipa que mais fez pela vitória e pela busca pelo golo. O Vitória de Setúbal, melhor ataque da prova, iniciou o jogo com uma toada ofensiva e desde o minuto inicial tomou conta da partida a seu bel-prazer, não permitindo que o Varzim sequer esboçasse ultrapassar a linha de meio campo. A partir dos 20 minutos o Vitória abrandou e concedeu ( de forma voluntária?) o dominio territorial aos poveiros, donde resultou, como única jogada de perigo, um remate de Mendonça que o central Auri, com destreza, impediu que ultrapassasse a linha de golo.

Pascal, Meyong e Jorginho, na frente de ataque do Vitória, foram durante toda a primeira parte um verdadeiro quebra-cabeças para a defensiva contrária e toda a equipa varzinista se concentrava em impedir que o Vitória causasse estragos. Contudo, ao intervalo o placard assinalava um nulo.

Na segunda metade o cariz do encontro não se alterou. O Vitória continuava a patentear toda a sua classe e superioridade e as oportunidades de golo sucediam-se.
Foi portanto, sem surpresas e com enorme satisfação, para todos os vitorianos, que ao minuto 63, uma jogada genial, na direita, de Jorginho, culmina com a assistência para o coração da área, onde aparece Meyong, solto de marcação, a empurrar para o fundo das redes à guarda de Cândido. Estava feito o 0-1 e a comitiva vitoriana respirava de alívio.
Praticamente sem reagir ao golo, o Varzim apenas teve de esperar um quarto de hora, para ver o Vitória chegar ao segundo golo de vantagem: Pascal ludibria 2 adversários com uma finta de inquestionável qualidade e coloca o esférico, superiormente, na frente de Jorginho, que diante do desamparado Cândido, não teve dificuldades em atirar para o fundo da baliza e colocar o Vitória a vencer na Póvoa de Varzim por 0-2. O chequemate estava dado terá pensado Carlos Carvalhal, e todos os que assistimos à partida. A superioridade e o domínio do Vitória eram inquestionáveis e o Varzim revelava-se uma equipa primitiva, trauliteira e rudimentar, no fundo à imagem do seu treinador Rogério Gonçalves.

O Varzim entregue, lançou-se sôfrega, desesperada e ineficazmente ao ataque e com isso apenas conseguiu, que fosse o Vitória, através do lançamento de meia dúzia de contra ataques venenosos, a única equipa a causar perigo junto da baliza.

Decorridos, que estavam dois minutos, dos 4 extra, dados pelo árbitro, com o Vitória a vencer por 2-0, Carvalhal substituiu Jorginho por Hélio e aos 93 Puma por Costa. Logo após, Margarido num pontapé de ressaca à entrada da área, reduz o marcador e devolve os sorrisos às gentes poveiras: o tento de honra, frente ao todo poderoso Vitória, já servia de consolação.

Só que, ao contrário do que o já escrito deixaria adivinhar, a história do jogo não ficaria completa, se a terminássemos por aqui. Na última bola bombeada para a área sadina, Marco Tábuas dá barraca e na sequência, Zé Pedro, no 1x1 defensivo, não é suficientemente lesto a pôr o pé e Mendonça, sente o contacto e atira-se para o chão. Uma questão de intensidade dirão alguns, a mim depois de vistas e revistas as imagens televisivas fica-me a sensação de penalty. Duarte Gomes, em cima da jogada, mandou jogar.

Ter-se-à escrito direito por linhas tortas? Ficará a dúvida.
Apenas a certeza de ter vencido a melhor equipa, a que mais atacou e a que melhor jogou.
Saudações Desportivas
Spry

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