Por vezes há que dar um passo atrás para poder dar dois em frente. É esta a frase que melhor caracteriza o estado de espírito do treinador de bancada no momento em que vos escreve estas linhas.
Neste Domingo quem percorreu os 800 kilometros de ida e volta ao campo da Associação Desportiva Ovarense ( Marques da Silva) não pode deixar de se sentir frustrado e desiludido com a forma como se continuam a decidir algumas das partidas deste campeonato que de profissional só tem o nome. Pedro Proença, considerado, nos meandros do futebol, como um dos mais promissores árbitros da sua geração ( será que é pelos fretes que faz aos homens do poder?) desde cedo mostrou que viajou até a Ovar com o intuito de permitir aos seus amigos António Oliveira e Manuel Fernandes ascender ao 3º lugar da Liga de Honra.
E está de parabéns, porque o objectivo foi atingido.
A exibição do Vitória sem encantar foi suficiente, creio eu, para em circunstâncias normais, trazer os 3 pontos para Setúbal sem grandes sobressaltos. Mas Pedro Proença tinha outros planos. E logo no início da partida viu o que mais ninguém no estádio viu e marcou penalty a favor da turma local e expulsou o defesa do Vitória Rui André.
O Vitória começava o jogo com 10 e a perder 1-0.
A verdade é que o Vitória nunca baixou os braços, nunca deixou de trabalhar para virar o resultado e mais importante, nunca permitiu, em momento algum, que a Ovarense fosse superior ao conjunto vitoriano. É verdade, que algumas opções de Carlos Carvalhal são no mínimo discutíveis, mas também é verdade que vi o Vitória a criar lances de golo, que Zé Pedro, ao contrário do que lhe é habitual, não foi capaz de finalizar a preceito, vi o Vitória a atirar bolas aos ferros e a deixar atordoada a defensiva ovarense, vi o guardião local a fazer defesas que ainda hoje se deve estar a interrogar de como as terá efectuado. Em resumo vi o Vitória a lutar contra muitas adversidades e quando assim é, o ânimo não pode esmorecer.
Vi Manuel do Carmo ser derrubado 3 metros dentro da área e Pedro Proença marcar falta fora da área, vi que Nem estava offside antes de sofrer o Penalty fantasma e vi que o bandeirinha do lado da bancada sucessivamente impediu, incorrectamente, o ataque vitoriano de se acercar mais vezes da baliza da Ovarense.
Valeu a pena ir a Ovar ver o junior Bruno Gonçalves marcar o seu primeiro golo ao serviço da equipa sénior do Vitória. Um golo de belo efeito que abre o apetite para os próximos 90 minutos contra o Marco de Avelino Ferreira Torres, onde seguramente o jovem ponta de lança vai ser titular. Ainda teve o golo do empate nos pés, mas a verdura da sua idade não lhe permitiu fazer mais.
Para a história fica o resultado final de 2-1 e a sensação de dever cumprido por parte de Pedro Proença e sua equipa.
As próximas 2 jornadas disputam-se no Bonfim e depois de somados os 6 pontos voltaremos, de certeza, a ocupar um dos lugares que dão acesso à promoção.
Tranquilidade, serenidade e confiança é o que o clube necessita neste momento. Oxalá todos sejamos suficientemente inteligentes para o perceber.
Saudações Vitorianas
Spry
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