segunda-feira, janeiro 24, 2005

O regresso dos sorrisos...

O treinador do Vitória, José Couceiro, dissera no final do jogo com o Belenenses, de triste memória para as cores verde e brancas, que o Penafiel iria pagar a factura.
E na verdade o clube presidido por António Oliveira, pagou a factura do jogo com o Belenenses, mais a do jogo com o Estoril e do Leiria, curiosamente com os mesmos 4 golos que os penafidelenses haviam encaixado na abertura do campeonato na recepção ao Vitória.

Não se admite sequer comparação entre esta equipa do Penafiel e o Vitória sadino. São de facto equipas de campeonatos diferentes, com ambições distintas e com predicados em nada semelhantes. O Vitória é mais equipa, mais esclarecido, mais ofensivo e em nada se assemelha a esta equipa comandada por Luís Castro.

Como tal, o jogo teve sentido único do primeiro ao último minuto e foi com naturalidade que aos 26 minutos de jogo já o Vitória tinha praticamente aniquilado toda e qualquer esperança de um bom resultado no Bonfim para os homens de Penafiel.
Optando por utilizar dois pontas de lança de início, José Couceiro permitiu que Meyong e Bruno Moraes se reconciliassem com a alegria de jogar futebol e com o sabor dos golos. Aos 14 minutos, Meyong , após marcação de canto, aparece livre de marcação no coração da área e desviou com sucesso para o fundo das redes, inaugurando o marcador. Apenas 5 minutos após ter rematado por cima da barra com a baliza deserta.
Cinco minutos volvidos e Meyong assiste Bruno Ribeiro, que com classe e muita maestria iludiu o seu marcador directo e rematou forte e colocado à entrada da área, fazendo assim o 2-0 para o Vitória.
Aos 26 minutos, Ricardo Chaves recupera a bola no meio campo e endossa-a superiormente ao veloz Bruno Moraes, que isolado na cara de Avelino não teve dificuldades em ultrapassá-lo e rematou para a baliza deserta colocando o marcador em 3-0.

Até ao intervalo os entusiasmados adeptos presentes no Bonfim continuaram a desfrutar de excelente futebol, ouvindo-se até com graça dizer que parecia que estávamos a assistir ao Barcelona.

No regresso do segundo tempo o Vitória trazia como missão não permitir veleidades aos penafidelenses e decidiu fazê-lo cedo. Aos 30 segundos numa excelente e rápida jogada, Jorginho simula e deixa a bola seguir para Sandro que de imediato a coloca em Meyong. O camaronês, em noite ispirada faz um cruzamento com conta peso e medida, para a cabeça de Bruno Moraes, que não teve dificuldade em facturar o seu segundo golo e o 4º da equipa vitoriana. Depois da carestia de golos, da frustração de desobedecer às ordens e ter prejudicado a equipa, hoje Bruno Moraes agarrou com unhas e dentes a oportunidade e a confiança que nele todos depositaram e deu um pontapé na crise que lhe vai ainda, seguramente, permitir obter a glória e o sucesso que sonhava quando saiu do Brasil.
A partir deste momento o Penafiel deixou de pensar em futebol e só desejava o apito para o final o mais cedo possível.

Fim de tarde agradável e descansado para os sócios e simpatizantes vitorianos que há muito desejavam tão aprazível e sossegada tarde de futebol.

Até final foi gerir o resultado adornando-o com uma exibição requintada e de grande classe, destacando-se a entrada do eterno Hélio para o lugar de Jorginho. Na cabeça de todos está já o encontro da próxima Quarta-Feira a contar para os oitavos de final da Taça frente ao Vitória de Guimarães.

Se a qualidade da exibição do Vitória setubalense for idêntica à da esmagadora maioria dos últimos 18 jogos e a eficácia+sorte for igual à de Sábado, tenho a certeza absoluta que estaremos presentes no sorteio dos Quartos de Final.
Oxalá.
Saudações Vitorianas

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