terça-feira, março 08, 2005


Não deu para mais...

Consolados e reconfortados com a presença mais logo, pelas 11h00, no sorteio das meias finais da Taça de Portugal, mas tristes e desiludidos com o resultado desta noite, verificado na partida entre o Vitória e o Braga (1-4), os sócios abandonavam há pouco o Bonfim, uns refilando com treinador e Presidente, outros com o pouco empenho dos atletas, outros rendidos à superioridade da exibição bracarense resignavam-se com a justiça da vitória bracarense pela superioridade esta noite demonstrada e com a alta improbabilidade estatística de vencer três jogos consecutivos esta equipa do Braga.


José Rachão, que continua sem vencer para a SuperLiga e que vê a defesa piorar de jogo para jogo ( 0-0,1-1,2-2,3-3,1-4), foi novamente forçado a mexer na estrutura da equipa e vê-se mais vezes obrigado a alterações forçadas em 6 jogos que José Couceiro em mais de 20. Privado, por acumulação de amarelos, de Jorginho e Bruno Moraes, inovou e inventou. Devolveu, incompreensivelmente, a titularidade em jogos para a SuperLiga a Marco Tábuas, colocou Veríssimo na lateral direita e subiu Éder para a extrema direita, movendo Manuel José para o centro atrás do ponta de lança Igor. Meyong no lado esquerdo e ao meio Sandro e Puma, que substituiu Ricardo Chaves devido a lesão.

E diga-se em abono da verdade que, se o Braga marcou cedo, logo aos 7 minutos, a verdade é que antes, fruto da boa atitude inicial dos jogadores do Vitória e da construção de alguns bem delineados ataques, já o Vitória conquistara 3 pontapés de canto, que causaram frisson junto da baliza do picadinho Paulo Santos .

No minuto seguinte ao golo, o Vitória está perto da igualdade através de um bom remate de Manuel José, após excelente combinação de Igor e Bruno Ribeiro no flanco esquerdo verde e branco. Aos 15 minutos, após um pontapé de canto Auri eleva-se no coração da área e Paulo Santos in extremis agarra. Três minutos depois, na sequência de novo pontapé de canto, foi Veríssimo que, junto à marca de penalti, pontapeia forte, de pé esquerdo, mas à figura do guarda redes do Braga.
Na resposta o Braga, através de cabeçada de Jorge Luiz proporciona a Marco Tábuas a defesa da noite.
Meyon à meia hora, num bom pique, ainda assusta o Braga, mas não consegue mais que o sétimo canto para o Vitória.

Após ver o Vitória desperdiçar tantas ocasiões, João Tomás, aos 38m, esquiva-se ao offside, aparece isolado na cara de Marco Tábuas e faz o 0-2 perante a incredulidade dos adeptos da casa.

Rachão de imediato, procede à primeira substituição e retira o improvisado extremo direito ( Éder - que não escondeu o seu desagrado com a opção do técnico sadino) e coloca no seu lugar o improvisado jogador de futebol Zé Rui. Valeu pela intenção, mas o jovem cabo verdeano já há muito mostrou que não tem futebol para estas andanças.

No início da segunda parte, o Vitória entrou mais determinado, mais afoito e disposto, aparentemente, a discutir a partida e obrigar o Braga a suar as estopinhas para poder, com inteiro mérito, ocupar o 3º lugar do campeonato.
Com Pedro Oliveira, que entrara para o lugar de Veríssimo ( lesionado com alguma gravidade, na sequência de um falta não assinalada de Wender, que fez o atleta do Vitória embater com violência na cabina do quarto árbitro, provocando um traumatismo craniano com perda de conhecimento) situado no meio do terreno, retornando Manuel José à sua posição preferida de extremo direito, o Vitória foi mais perigoso e foi, pois, com naturalidade, que Manuel José depois de deixar para trás dois adversários cruza, com categoria, para a área onde surge Igor, de cabeça a reduzir para 1-2 e a entusiasmar, de novo, as bancadas do Bonfim.
Com o Bonfim a puxar a plenos pulmões pela equipa, Hugo Alcântara tem dois minutos depois o golo nos pés, mas o guardião bracarense em noite feliz, defende por instinto e frustra a grande oportunidade para o Vitória empatar.

Jesualdo Ferreira mexe na equipa, faz entrar Barroso e instantes depois, o veterano internacional português, bem ao seu jeito, na cobrança de um livre directo, desfaz as ilusões vitorianas para esta partida e atira a contar para o Braga.

A partir daqui, os jogadores do Vitória deixaram de acreditar e deixaram-se encantar e enebriar com a excelente equipa do Braga, que mais uma vez demonstrou porque está a 2 pontos do 1º lugar, tendo apresentado um futebol de elevadíssima qualidade, bastante vistoso e certamente bastante atractivo para todos quantos apreciam bom futebol.

Uma derrota que não deve, nem vai, seguramente, deixar de cabeça baixa os atletas do Vitória, que, desinspirados é certo, não lhes faltou empenho e vontade de inverter o rumo dos acontecimentos. O Braga esta noite noite foi melhor e por isso ganhou.

Para a semana há mais, em Guimarães Domingo à noite, o Vitória de setúbal pisa pela primeira vez o novo Afonso Henriques, e se se mantiver a tradição: visita aos novos estádios é sempre brindada com pontos no regresso a casa. Veremos se na próxima semana trocaremos de lugar, na classificação, com o homónimo da cidade berço.

Saudações Vitorianas
Spry

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