A expectativa era grande em redor desta partida.
A vitória do conjunto axadrezado em Setúbal permitir-lhes-ia alcançar a liderança da SuperLiga.
No lado do Vitória a estreia de José Rachão no comando técnico da equipa do Vitória constituia a maior novidade.
Rachão anunciou ao longo da semana que não iria proceder a alterações ao que José Couceiro vinha fazendo. Cumpriu, utilizando o mesmo onze que empatara em Alvalade e só procedendo a 2 substituições durante o encontro, uma das quais forçada.
O Boavista,como é seu timbre, veio a Setúbal destruir, distribuir fruta, e com sorte marcar um golo que valesse 3 pontos.
A história do jogo confirmou um Boavista musculado, com poucas ideias, totalmente subserviente e rendido à superioridade dos homens de Setúbal. As bárbaras e costumadas agressões dos axadrezados, cedo fizeram mossa na equipa do Vitória. Tiago agride descarada e violentamente Nandinho , que teve de ser substituído, e nem sequer cartão amarelo viu.
A primeira parte foi, pode dizer-se, repartida, caracterizada pelo equilíbrio e pelos lances de perigo junto às duas balizas. Paulo Ribeiro, jovem guardião do Vitória, agarrou mais uma vez a titularidade e mostrou-se de uma frieza e serenidade impressionantes para um jovem da sua idade. A verdade é que este jovem guarda redes transmite calma e segurança aos colegas e aos adeptos nas bancadas.
Na segunda parte a história foi distinta. O Vitória, fruto de uma condição física invejável e de um pulmão imenso,massacrou o adversário e encostou o Boavista às tábuas, não concedendo aos pupilos de Jaime Pacheco espaço para respirar e pensar o jogo.
Como já aqui havia escrito, Bruno Moraes cada vez mais se confirma como a grande contratação de Inverno deste Vitória de Setúbal. Joga, faz jogar, combina magistralmente com Jorginho, remata, briga, luta e só por manifesta infelicidade e ausência de fortuna não logrou obter o merecido golo que daria 3 pontos ao Vitória, conferindo justiça ao jogo.
O resultado final foi de um enganador e injusto 0-0, que premiou o anti-jogo e o anti-futebol dos boavisteiros, em detrimento do futebol vistoso, bem delineado, alegre e de ataque que o Vitória de rachão, continua, para já, a praticar, tal como nos tempos de Couceiro.
Rachão não comemorou com 3 pontos uma das mais emocionantes noites da sua vida, mas, pela postura e pelo discurso frontal e humilde, já começa a granjear apoios e simpatias junto da massa adepta do Vitória.
Domingo, em Aveiro, o Vitória defronta um dos adversários directos na luta pela descida. Só nos resta esperar, que depois do jogo, possamos com alegria dizer que o Beira-Mar deixou de ser adversário directo do Vitória, pois em caso de vitória, é-nos perfeitamente legítimo sonhar com mais que a simples permanência.
É a luta pelos lugares europeus que eu espero possa ser em breve definitivamente assumida. Este grupo já demonstrou que é dos melhores do campeonato e é com ele, independentemente dos treinadores ou dirigentes, que temos de contar para nos proporcionar alegrias e vitórias que ainda não vivemos. Só isso.
Saudações Vitorianas
Spry
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